“Não estamos discutindo as eleições, mas a história do Brasil”, diz Valdemar Costa Neto

Em coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira (23), o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, disse que, se fossem consideradas apenas as urnas eletrônicas mais novas, o presidente Jair Bolsonaro (PL) teria vencido por 1 milhão de votos no 2º turno das eleições.

“Não estamos discutindo as eleições, mas a história do Brasil”, disse Valdemar. “Como vamos viver com o fantasma das eleições de 2022?”, questionou

0 presidente do PL disse que “se trata de um pedido de verificação com base no artigo eleitoral” do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

Valdemar afirmou ainda que “nossa vontade não é impedir a posse de ninguém, mas sim que se cumpra a lei”.

“Como vamos viver com o fantasma das eleições de 2022?”, questionou o presidente do PL

PL chama pedido de Moraes de “medida açodada” que “traria tumulto processual”

Em resposta ao despacho de Alexandre de Moraes, que exigiu a apresentação de dados adicionais sobre o primeiro turno à Verificação Extraordinária solicitada pelo PL, o partido entrou com uma emenda à inicial solicitando que seja mantido o escopo apenas sobre o segundo turno. De acordo com o documento, obtido em primeira mão por O Antagonista, estendê-lo “parece ser medida açodada e traria grave tumulto processual”.

“Especialmente porque, como efeito prático, traria a própria inviabilidade da medida ora pretendida, em razão da necessidade de fazer incluir no polo passivo da ação todos os milhares de candidatos que disputaram algum cargo político nessas eleições, bem como seus Partidos, Coligações e Federações.”

Para o PL, manter o escopo da verificação apenas sobre o segundo turno daria mais celeridade ao processo. O partido, porém, disse não descartar a análise sobre os dados do primeiro turno, uma vez que sejam constatadas as irregularidades apontadas.

Técnicos só “conseguiram pegar discrepância no segundo turno”, diz Valdemar

Valdemar Costa Neto foi questionado por jornalistas, nesta quarta-feira (23), por que o partido irá manter o questionamento apenas sobre o segundo turno das eleições deste ano. Foi uma opção do partido com os dados que eles possuíam, disse o dirigente.

“Eles conseguiram pegar essa discrepância no segundo turno”, disse Valdemar. “Eles não conseguiram no primeiro turno. Eles não tinham esse dado.”

O advogado do partido, Marcelo Bessa, complementou a resposta. A intenção era mesmo rever apenas os votos relativos a Jair Bolsonaro na eleição presidencial.

“O relatório técnico só foi entregue ao partido na semana passada. E a opção do partido foi neste momento, até para possibilitar a ampla defesa dos atingidos e para se limitar a uma única pessoa, que seria o candidato do segundo turno da eleição presidencial, foi apenas que se fizesse a verificação extraordinária do segundo turno”, complementou o advogado.

Valdemar fala em ‘problemas e dificuldades causadas’ pelo TSE a Jair Bolsonaro 

Questionado sobre a declaração de Hamilton Mourão de que o pedido do PL não deve prosperar, Valdemar Costa Neto atribuiu o raciocínio ao histórico do TSE em relação à candidatura de Jair Bolsonaro.

“Tudo o que era do PL não podia. O ministro Marco Aurélio faz uma declaração… proibiram a declaração. Por causa de todas as dificuldades e todos os problemas que causaram para o candidato Bolsonaro, é que ele deve ter chegado a essa conclusão.”

Categorias