O ex-ministro da Justiça e de Segurança Pública Sergio Moro se filiou nesta hoje (10/11) ao Podemos, vislumbrando disputar no ano que vem a Presidência da República.
A filiação ocorreu no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, por volta das 10h.
Foi a primeira vez que Moro discursou em público depois de fazer exercícios de fonoaudiologia e oratória. Sua intenção com os exercícios é eliminar o som anasalado de outrora, que o marcou com o apelido de marreco.
“O Brasil não precisa de líderes que tenham voz bonita”, disse o ex-juiz
Moro começou o discurso dizendo que estava “um pouco ansioso” e que, por não ter “uma carreira política”, ele não tinha também “treinado”.
“Eu não tenho uma carreira política e não sou treinado em discurso político. Alguns dizem que não sou eloquente. Muita gente critica a minha voz. Mas, se eventualmente, eu não sou a melhor pessoa para discursar, posso assegurar que sou alguém em quem vocês podem confiar”, disse Sergio Moro.
Seu pronunciamento foi voltado ao combate à corrupção e disse que entrou na política para fazer correções “de dentro para fora”. Moro defendeu o fim do foro privilegiado e a retomada da prisão após a condenação em segunda instância.
Sem citar nomes, Moro falou do “mensalão”, que atingiu o PT, e o das “rachadinhas”.
“Chega de corrupção, chega de mensalão, chega de petrolão, chega de rachadinha. Chega de querer levar vantagem em tudo e enganar a população”, afirmou.
Moro também disse que o projeto político dele “não é agressivo”.
“Nossas únicas armas serão a verdade, a ciência e a justiça. Trataremos a todos com caridade e sem malícia. Respeitaremos aqueles que gostam e aqueles que não gostam de nós. O Brasil é de todos os brasileiros e nosso caminho jamais será o da mentira, das verdades alternativas ou de fomentar divisões ou agressões de brasileiro contra brasileiro”, afirmou.
No final de seu discurso, Moro deixou indicando também que poderia abrir mão de sua candidatura para quem estivesse conectado com o seu projeto de ” Justiça para Todos”. “Para que o Brasil possa escapar dos extremos da mentira, da corrução e dos retrocessos”, afirmou.
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