O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, defendeu o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que sofre pressão de organizações ambientais, artistas e políticos de oposição para deixar o cargo.
“[Sobre o] ministro Ricardo Salles, eu já me referi várias vezes. Ele tem um trabalho aí que realiza, ele sofre muitas pressões, o presidente tem a confiança nele, acho que tudo faz parte do jogo político. Acho que, no final das contas, ele está colocado como vilão da história. Ele não é o vilão da história”, disse Mourão.
O Brasil vem sofrendo pressões internas e externas sobre a política ambiental e contra o ministro. Os movimentos ambientais pedem que os EUA não repassem recursos ao Brasil se o país não se comprometer com a questão climática.
Após o alinhamento feito pelo próprio ministro Salles e com o discurso do presidente Bolsonaro na Cúpula do Clima, se comprometendo com a agenda em prol das questão climáticas, o ministro fica mais forte no governo e na pasta, afastando falácias sobre um possível afastamento.
Mourão não foi convidado pelo presidente para participar do evento virtual.
“Se o presidente tivesse julgado a minha participação, ele tinha pedido. Não julgou necessário”, disse Mourão. “Procuro fazer meu trabalho, independente do que vai acontecer do que deixa de acontecer, procurando fazer a coisa certa.”
Sobre o evento, Mourão disse que se trata de uma tentativa de os EUA recuperarem “seu protagonismo na arena internacional utilizando um tema que é extremamente caro e sensível para humanidade nesse momento”.