Moraes nega pedido do X para se isentar no Brasil de ordens judiciais

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), recusou a solicitação do X no Brasil para que a responsabilidade sobre ordens judiciais seja transferida para a empresa X internacional.

Representantes legais da plataforma no Brasil defenderam que os dirigentes locais da empresa não possuem autoridade para intervir nas decisões da plataforma. Consequentemente, não poderiam assegurar o cumprimento de determinações judiciais.

Na sentença, Moraes concluiu que a empresa X no Brasil é responsável pelo cumprimento das decisões judiciais e administrativas referentes à plataforma no país.

O ministro ainda mencionou que o pedido constitui “um abuso da personalidade jurídica”, pois, com ele, a empresa poderia “optar por não atender às determinações da Justiça brasileira sem sofrer consequência”.

Para refutar a argumentação dos advogados, Moraes também destacou que há “inúmeros processos” no Superior Tribunal de Justiça (STJ) nos quais se exige que a X no Brasil remova conteúdos da plataforma e que a empresa “jamais” alegou não possuir “decisório para tanto”.

Na decisão o ministro ainda diz que em caso de desobediência de ordens judiciais os administradores da X no Brasil serão responsabilizados.

“As consequências de eventual obstrução da Justiça, ou de desobediência à ordem judicial, serão suportadas pelos administradores da referida sociedade empresária”, afirma Moraes.

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