Moraes liberou ação da PF contra empresários

Na decisão, Moraes falou em “fortes indícios e significativas provas apontando a existência de uma verdadeira organização criminosa, de forte atuação digital e com núcleo de produção, publicação e financiamento político absolutamente idênticos aos investigados no inquérito das milícias digitais, com a nítida finalidade de atentar contra a democracia”.

Moraes determinou que o Banco Central identifique as “instituições financeiras” nas quais os empresários mantêm qualquer tipo de relacionamento, como contas de depósito à vista, de poupança, de investimento, de depósitos a prazo e outros bens, direitos e valores, diretamente ou por seus representantes legais ou procuradores, bem como em relações em conjunto com terceiros.

A decisão demonstra que o ministro ainda determinou a quebra do sigilo bancário não apenas dos empresários, como já se sabia, mas também das empresas que eles comandam, como a rede de restaurantes Coco Bambu e a loja de departamentos Havan, no período entre 1º de janeiro de 2020 a 19 de agosto de 2022.

OPERAÇÃO

A operação da PF ocorreu após uma reportagem do site Metrópoles apresentar prints que seriam de conversas de grandes empresários brasileiros em um grupo privado de WhatsApp.

Entre os empresários presentes no grupo estavam Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan; Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu; José Koury, dono do Barra World Shopping, no Rio de Janeiro; Ivan Wrobel, dono da construtora W3 Engenharia; e Marco Aurélio Raymundo, dono da marca de surfwear Mormaii.

Moraes, então, ampliou o pedido inicial da PF e também determinou o bloqueio de páginas em redes sociais, a quebra de sigilo bancário e o bloqueio de contas bancárias.

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