Nesta quarta (30), presidentes de partidos reuniram com os ministro do STF Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, para conversarem contra o voto impresso auditável.
10 representantes de partidos participaram do encontro em Brasília: Paulo Pereira da Silva, do Solidariedade; Luciano Bivar, do PSL; Baleia Rossi, do MDB; Gilberto Kassab, do PSD; Valdemar Costa Neto, do PL; Luís Tibé, do Avante.
Os presidentes do DEM, ACM Neto, e do PSDB, Bruno Araújo, participaram pelo telefone.
O PP, de Ciro Nogueira, e o Republicanos, de Marcos Pereira, foram representados, respectivamente, pelos deputados Margarete Coelho (PP-PI) e Márcio Marinho (Republicanos-BA).
O ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia também esteve no encontro.
A união desses partidos tem como objetivo encerrar a discussão ainda na comissão especial.
Por se tratar de uma PEC, são necessários 308 votos favoráveis dos 513 deputados.
BARROSO ARTICULA
Recentemente, o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, recebeu 29 parlamentares e presidentes de partidos para afirmar que o voto impresso auditável não ajudará o Brasil, mas sim colocará em risco o sigilo do voto e a lisura do processo com a retomada de manuseio humano dos votos.
A articulação de Barroso junto aos congressistas faz parte de um movimento maior do TSE para tentar esvaziar o projeto do voto impresso auditável.
Além de Barroso, Moraes Fachin — ambos integram o TSE e vão presidir o tribunal no ano eleitoral de 2022, também integram o time contra o voto impresso.
Barroso manteve conversas com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e com deputados da oposição ao governo.
O movimento dos ministros é uma das explicações para a coalizão de 11 partidos, incluindo siglas aliadas de Bolsonaro, que fecharam posição a favor do atual sistema de votação, posicionando-se de forma contrária à introdução do voto impresso auditável.