Moraes, do STF, determinou hoje (6), que a Polícia Federal (PF) ouça imediatamente a ex-estagiária do gabinete do ministro Ricardo Lewandowski, Tatiana Garcia Bressan, acusada de ser informante, na Suprema Corte, do jornalista Allan dos Santos, do site Terça Livre.
Em uma matéria da Folha de São Paulo, publicada nesta quarta, traz uma suposta troca de mensagens que mostraria Allan pedindo a Tatiana que atuasse como sua informante. Ela estagiou no gabinete de Lewandowski de 19 de julho de 2017 a 20 de janeiro de 2019.
Entre as informações que teriam sido repassadas pela estagiária ao jornalista, estão uma denúncia de que ministros do STF modificavam suas decisões de acordo com ligações de “alguém importante” para eles.
“O que vi de mais espantoso é que realmente eles decidem o que querem e como querem. Algumas decisões são modificadas porque alguém importante liga pro ministro” teria escrito Tatiana.
Procurada pela Folha, Tatiana disse que nunca atuou como informante de Allan e ressaltou que apenas tinha ligação com o jornalista porque ambos foram alunos do escritor Olavo de Carvalho. Ela disse ainda que entrou em contato com Allan porque queria um emprego com a deputada federal Bia Kicis, mas que não foi contratada.
REDES SOCIAIS
De acordo com a matéria, Tatiana chegou a falar, nas redes sociais, que o ministro Alexandre de Moraes possuía uma “personalidade sádica”.
Em outras postagens, a ex-estagiária fez críticas aos outros integrantes do STF e chegou a fazer revelações, como quando publicou que Moraes “fez lobby no STF para livrar desembargador”.