O Ministério da Justiça enviou um ofício ao TSE, na sexta-feira (17), para informar que participará, por intermédio da Polícia Federal, de todas as etapas de fiscalização e auditoria das urnas eletrônicas e de “sistemas e programas computacionais eleitorais”.
A pasta menciona, inclusive, a possibilidade de desenvolver “programas próprios” para verificação dos equipamentos.
A comunicação, de tom incisivo, é inédita e causou estranheza entre alguns membros do tribunal, já que PF é parceira histórica do TSE e já particiona de todas as etapas do processo eleitoral, como testes de segurança de urnas e softwares e demais mecanismos envolvendo o pleito. O documento obtido pelo Globo é assinado pelo ministro da Justiça, Anderson Torres, e endereçado ao presidente da corte, Edson Fachin.
“Informo ainda que a necessidade de participação da PF na fiscalização e auditoria relativas ao emprego da urna eletrônica (sistema eletrônico de votação), inclusive com a possibilidade de desenvolvimento de programas próprios de verificação (art. 15 da Resolução no 23.673/2021), visa resguardar o estado democrático de direito, que exige integridade e autenticidade dos sistemas eleitorais, consagrando, assim, uma eleição escorreita”, escreveu Torres, no ofício de 17 de junho.
A manifestação vai na mesma direção das falas do presidente Bolsonaro, de que a auditoria visa “resguardar a democracia”.
Fonte: https://blogs.oglobo.globo.com/bela-megale/post/em-oficio-ao-tse-ministro-da-justica-diz-que-pf-vai-fiscalizar-urnas-e-fala-em-programas-proprios-de-auditoria.html?utm_source=globo.com&utm_medium=oglobo
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