Nesta sexta-feira (10), o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, enviou um ofício ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, para falar das sugestões apresentadas pelas Forças Armadas para as eleições.
No ofício enviado à Corte, o ministro da Defesa explicou que “o que se busca com as propostas das Forças Armadas é aperfeiçoar a segurança e a transparência do processo eleitoral, mitigando ao máximo as possibilidades de ataques cibernéticos, falhas e fraudes, que podem comprometer as eleições”.
No documento, o general diz que as Forças Armadas encaminharam sete propostas à Comissão de Transparências das Eleições, criada pelo TSE. Mas ressalta que “ainda não foi possível concretizar a discussão técnica”.
O general ainda afirma “Até o momento, reitero, as Forças Armadas não se sentem devidamente prestigiadas por atenderem ao honroso convite do TSE para integrar a CTE.”.
Outra colocação feita pela Defesa rebate a resposta do TSE, que desqualificavam os questionamentos técnicos apresentados pelos militares sobre a segurança do sistema. O ministro afirma que “as Forças Armadas elaboraram propostas plausíveis, em vários níveis, desde o técnico até o de governança”.
Ele também apontou que “divergências que ainda persistam podem ser dirimidas com a pretendida discussão entre as equipes técnicas” e que “sugestões propostas pelas Forças Armadas precisam ser debatidas pelos técnicos”.
“As divergências que ainda persistam podem ser dirimidas com a pretendida discussão entre as equipes técnicas”, diz Nogueira, acrescentando que, por se tratar de uma eleição eletrônica, os meios de fiscalização devem se atualizar continuamente, exigindo pessoal especializado em segurança cibernética e de dados. “Não basta, portanto, a participação de “observadores visuais”, nacionais e estrangeiros, do processo eleitoral.”
Com diversos trechos em negrito, como forma de destacar as principais mensagens do documento, o General conclui dizendo que “a todos nós não interessa concluir o pleito eleitoral sob a sombra da desconfiança dos eleitores. Eleições transparentes são questões de soberania nacional e de respeito aos eleitores”.
Confira a carta na íntegra: