Ministério Público pede a suspensão dos direitos políticos de Luciano Hang

O Ministério Público Federal pediu ao Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul que suspenda por oito anos os direitos políticos do empresário bolsonarista Luciano Hang. Dono da Havan, ele é sondado para ser candidato ao Senado por Santa Catarina.

O pedido consta em um parecer da Procuradoria Eleitoral gaúcha emitido no dia 17 de dezembro.

Na ação, Hang é suspeito de cometer abuso de poder econômico nas eleições para prefeito da cidade de Santa Rosa, a 490 km de Porto Alegre.

Durante evento eleitoral em 11 de dezembro de 2020, o empresário teria supostamente sugerido aos eleitores do município que só garantiria a continuidade da construção de uma loja na cidade se o vencedor fosse o candidato a prefeito Anderson Mantei (PP), que de fato ganhou o pleito.

Os procuradores José Osmar Pumes e Fábio Nesi Venzon escreveram no parecer que “se encontra bem demonstrada a ocorrência de abuso de poder econômico nas Eleições de 2020, no município de Santa Rosa-RS, praticado pelo investigado Luciano Hang (…) em benefício da chapa à eleição majoritária”.

Eles recomendam à Hang “sanção de inelegibilidade para as eleições que se realizarem nos 8 (oito) anos subsequentes à eleição em que verificado o abuso de poder econômico”.

O MP também pede que sejam suspensos o diploma do prefeito eleito e do vice, Aldemir Eduardo Ulrich, por terem sido “beneficiados pelo abuso de poder econômico”, e pedem nova eleição.

As falas, transmitidas na época pela internet, foram transcritas no parecer do MP: “Olha, nós vamos entregar aí o projeto para a prefeitura né, depende aí do prefeito, nós temos obras em andamento nesse momento”, afirmou Hang.

“Hoje, no Brasil, a Havan tem quinze lojas em andamento, ela deu prioridade para aqueles prefeitos, aqueles municípios, que eu, eu não tô pedindo nada de graça, nada.”

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