‘Minha disposição de servir o País faz com que eu seja acusado de pertencer a um suposto gabinete paralelo’, diz Wizard

Wizard negou pertencer a qualquer tipo de suposto “gabinete paralelo”:

“Isso me deixa bastante indignado. A minha disposição de servir o país combatendo a pandemia e salvar vidas faz com que eu seja acusado de pertencer a um suposto gabinete paralelo. Eu afirmo aos senhores, com toda veemência, que jamais tomei conhecimento de qualquer governo paralelo. Se por ventura esse supostos gabinete parlalelo existiu, eu jamais tomei conhecimento ou tenho qualquer informação a respeito. Jamais fui convidado, abordado, convocado para participar de qualquer gabinete paralelo”.

O empresário Carlos Wizard disse foi aos EUA muito antes da instauração da CPI

“Jamais, em tempo algum, passou pela minha mente, pensamento, no meu íntimo, na minha alma, no meu coração a indisposição de estar presente fazendo meu depoimento. Não tenho razão para isso. Como é de conhecimento público, me ausentei em março do país, muito antes da instauração da CPI”, disse

Após sua apresentação inicial Carlos Wizard informou que ficará em silêncio ao longo de seu depoimento à comissão.

Após o anúncio de que ficaria em silêncio, senadores disseram que, mesmo nesse caso, fariam todas as perguntas que estavam programadas. Por isso, a sessão prosseguiu.

Renan Calheiros afirmou que o silêncio de Wizard seria um novo motivo para que a CPI da Covid mantivesse a decisão de apreender o passaporte do empresário – já cumprida pela Polícia Federal na segunda.

O presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), chegou a mencionar a possibilidade de devolver o documento se o depoimento de Carlos Wizard fosse “satisfatório”.

Omar Aziz diz que CPI da Covid vai recorrer de decisão do STF que permitiu silêncio de Carlos Wizard

“Iremos recorrer fazendo um apelo ao Supremo para que possamos mostrar essa fala de senhor como exemplo do que não pode ficar impune. O senhor não pode ficar impune em nome de 512 mil vidas.”, disse Aziz

A decisão de Barroso

No dia 16, o ministro Luís Roberto Barroso concedeu a Carlos Wizard o direito de ficar em silêncio e não produzir provas contra si no depoimento à CPI.

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