O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, se manifestou com um tom desafiador nesta quarta (31/01) depois que os Estados Unidos começaram a retomar sanções a Caracas, logo após uma medida do tribunal superior do país sul-americano para manter uma proibição que bloqueia a candidatura da principal líder da oposição nas eleições presidenciais.
“Nem as sanções nem a violência serão capazes de nos deter”, disse Maduro durante a abertura do novo mandato do tribunal em Caracas, acrescentando que a Venezuela realizará eleições presidenciais este ano.
Maduro pediu aos membros da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) que se mantenham “alertas e preparados para o que vier”, além de instá-los a mostrar lealdade a seu governo.
“Forças Armadas, poder militar, alertas e preparados para o que surgir, quando e onde surgir, para defender a pátria, a Constituição e o povo” disse Maduro durante um ato em Caracas.
Maduro chamou de “terroristas e extremistas” os membros da Plataforma Democrática Unida (PUD), de oposição, e os acusou de estarem envolvidos em supostas conspirações. O ditador ainda reiterou que “ninguém pode estar acima de um país, acima das leis, acima da Constituição” e que, apesar das supostas ameaças, é necessário “manter o espírito permanente de diálogo”.
Maduro também rejeitou os comentários do presidente do Equador, Daniel Noboa, que disse na terça-feira (30) que não reconheceria os resultados das eleições presidenciais da Venezuela, dizendo para que Noboa “cuide do seu país”.