Em discurso de pré-campanha na cidade de Porto Alegre (RS), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declatou que irá proibir a venda de armas no Brasil caso seja eleito a fim de, segundo ele, “evitar o genocídio”. Ele ainda se expressou contra as operações policiais nas favelas, afirmando que o Estado tem que estar presentes nesses locais com escolas, e não com forças de segurança.
‘A gente tem que tratar todos com igualdade de condições, todos com respeito, porque é esse país civilizado, humanista, solidário. Um país que quer comprar livro e distribuir de graça e quer proibir a venda de armas e evitar o genocídio, porque essa violência policial que a gente vê todos os dias. Morreu 10, 15, 30. Quando você vê um Genivaldo lá em Sergipe e vê jogado num carro, vê jogado. Eu não acho nem que a corporação que é violento. É que o Estado inexiste no cumprimento das suas obrigações sociais” assinalou.
Lula relacionou suas críticas contra a política armamentista até mesmo ao governo Joe Biden. Na ocasião, ele criticou a ajuda que o país norte-americano está oferecendo à Ucrânia, que enfrenta uma guerra contra invasores russos.
“Se preparem. Nós não vamos usar uma arma. Nós não vamos dar um tiro. Nós vamos dedicar o nosso amor e a nossa indignação pela injustiça, porque não é possível que eu veja na televisão como o presidente Biden, que nunca fez discurso para dar 1 dólar para quem está morrendo de fome na África. Nunca vi um discurso dele para dar 1 dólar, anunciar 40 bilhões de dólares para ajudar a Ucrânia a comprar arma. Então nós que somos cristãos, e não importa a igreja que você frequenta. A gente que acredita em Deus, a gente acredita em humanismo, a gente que acredita na fraternidade da sociedade, a gente que ainda compreende a necessidade esticar a mão para ajudar aqueles que têm menos do que a gente” declarou.