Nesta quinta-feira (29), a Polícia Federal está executando 34 mandados, incluindo três de prisão preventiva, como parte de uma nova etapa da operação Lesa Pátria, iniciada há mais de um ano com o objetivo de identificar e investigar os envolvidos nos atos golpistas que danificaram as sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.
Ainda não foram divulgados os nomes e todos os alvos. De acordo com a PF, um mandado de prisão preventiva será cumprido em São Paulo e dois no Distrito Federal.
No DF, os alvos de prisão preventiva são os empresários Joveci Xavier de Andrade e Adauto Lúcio Mesquita, sócios da rede Melhor Atacadista, que foram identificados como financiadores do acampamento bolsonarista em frente ao quartel-general do Exército. Joveci, em depoimento à CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do DF, negou sua participação nos ataques, mas admitiu estar presente no local durante os atos de vandalismo.
A defesa dos dois sócios afirmou em nota que não teve acesso à decisão judicial e que os investigados veem agora a oportunidade de esclarecer completamente as questões pendentes.
Em São Paulo, o empresário Diogo Arthur Galvão, de Campinas, foi preso.
MAIS MEDIDAS
Além disso, outros sete alvos deverão ser monitorados por tornozeleira eletrônica como alternativa à prisão. Esses mandados estão sendo cumpridos em Mato Grosso do Sul (1), Paraná (3), Rio Grande do Sul (1), São Paulo (1) e Minas Gerais (1).
Também foram expedidos 24 mandados de busca e apreensão em Tocantins (8), São Paulo (6), Mato Grosso do Sul (2), Paraná (3), Rio Grande do Sul (1), Minas Gerais (1), Espírito Santo (1) e no Distrito Federal (2).
Durante o cumprimento dos mandados de busca da operação Lesa Pátria, na manhã desta quinta-feira (29), a Polícia Federal apreendeu cerca de 110 mil dólares e 26 mil euros com um dos alvos em Palmas, além de 77 armas. Os bens estavam na casa de Frederico Moraes de Barros Carvalho, um dos investigados na operação.