Itamaraty emite nota sobre a situação no leste da Ucrânia

O Itamaraty emitiu uma nota com relação às tensões no leste da Ucrânia envolvendo a Rússia e a expansão da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) perto de suas fronteiras.

O ministro das Relações Exteriores do Brasil e o secretário de Estado dos EUA tiveram uma conversa nesta segunda-feira (10) sobre a crise na Ucrânia.

“Com referência à situação no leste da Ucrânia, o Itamaraty esclarece que o ministro [Carlos] França e o secretário [dos EUA, Antony] Blinken trocaram impressões e expressaram suas respectivas posições nacionais”, diz um comunicado nas redes sociais do ministério.

O ministro França enfatizou que o Brasil mantém sua postura de apoio a uma solução mutuamente satisfatória nos termos da Resolução 2202 (2015) do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

RESOLUÇÃO DE 2202

A resolução 2202 prevê que uma solução para a crise somente pode ser alcançada por meios pacíficos, e depende da implementação de diversas medidas de desescalada previstas nos Acordos de Minsk.O Kremlin, por sua vez, enfatiza que Kiev está violando os acordos de Minsk e deliberadamente aumentando as tensões nas autoproclamadas repúblicas de Donbass.

Em uma entrevista coletiva no dia 23 de dezembro, o presidente Vladimir Putin falou sobre as posições dos EUA e da Rússia a respeito do futuro de Donbass e dos Acordos de Minsk.

Na ocasião, após afirmar que o futuro de Donbass deve ser determinado pelas pessoas que vivem na região, o presidente russo disse que o Kremlin é um mediador no processo para determinar o destino da região de Donbass, como é previsto pelos Acordos de Minsk.

“Segundo [os Acordos de] Minsk, a Rússia é mediadora, mas eles estão tentando transformá-la em um lado do conflito. Moscou não está interessada nisso”, disse o presidente russo.

O acordo de paz foi fechado pelos chefes de Estado Pyotr Poroshenko (da Ucrânia); Vladimir Putin (Rússia); François Hollande (França), e Angela Merkel (Alemanha).Vale lembrar que, em dezembro, o Ministério das Relações Exteriores russo apresentou dois projetos de acordos abrangentes sobre garantias de segurança entre a Rússia, os EUA e a OTAN.

As partes se comprometem em garantir a segurança mútua, não colocar mísseis de curto e médio alcance em zonas a partir das quais eles possam atingir os territórios um do outro, e a Aliança Atlântica não poderá continuar se expandindo para leste, incluindo à custa de ex-repúblicas soviéticas, entre as quais está a Ucrânia.

Fonte: Sputnik

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