Irã apresenta pedido para ingressar no Brics

O Irã quer se tornar membro do grupo de economias emergentes, o Brics.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores do país, a adesão ao bloco, que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, “resultaria em valores agregados para ambos os lados”.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse que a Argentina também se candidatou para fazer parte do grupo. Autoridades argentinas não puderam ser contactadas de imediato para comentar.

O presidente da Argentino, Alberto Fernández, que está atualmente na Europa, reiterou nos últimos dias seu desejo de que a Argentina se junte ao Brics.

“Enquanto a Casa Branca pensava sobre o que mais poderia desligar, proibir ou estragar no mundo, a Argentina e o Irã se candidataram para entrar no Brics”, disse Zakharova no aplicativo de mensagens Telegram.

Há muito tempo, a Rússia vem pressionando para forjar laços mais estreitos com a Ásia, a América do Sul e o Oriente Médio, e intensificou esforços recentemente para resistir às sanções impostas pela Europa, os Estados Unidos e outros países por causa de sua invasão à Ucrânia.

Processo de ampliação dos Brics com Argentina e Irã começou, diz Lavrov

O processo de ampliação do grupo Brics (formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) através da integração de Argentina e Irã já começou, anunciou nesta terça-feira o ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, durante visita a Ashgabat, capital do Turcomenistão.

“Claro que tanto a Argentina quanto o Irã são candidatos dignos e respeitáveis (…) O mais importante é que o processo preliminar já começou”, disse Lavrov em uma entrevista coletiva após uma reunião com chanceleres dos países do Mar Cáspio

O chefe da diplomacia russa enfatizou que a adesão de um país ao Brics deve ser consensual, e “o principal critério será, antes de tudo, garantir a eficácia futura e o aumento dos resultados práticos desta organização”. .

Lavrov disse que durante as recentes cúpulas dos Brics a Rússia enfatizou sua disponibilidade para avaliar a ampliação do grupo, e o presidente russo, Vladimir Putin, definiu a discussão como “justificada e oportuna”

Brics+ será gigante em alimentos e energia

A expansão do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) pode resultar em uma nova ordem mundial em que os Estados Unidos não vão dominar a política global pela primeira vez desde a 2ª Guerra Mundial.

Argentina e Irã já manifestaram interesse em integrar formalmente o bloco; Arábia Saudita é outra candidata.

O Brics+ teria ampla presença na produção global de alimentos. Prakash cita que a Argentina é o 2º maior exportador mundial de milho (depois dos EUA), Índia é grande produtora de arroz e trigo, Rússia tem cevada, trigo e óleo de girassol, China, o algodão, e o Brasil é um dos líderes na soja.

“O Brics ampliado tem o cesto alimentar que todo o mundo deseja. É provável que o Brics+ possa estabelecer uma troca de alimentos em que as nações comprem suas necessidades essenciais”.

Há também a força na área energética. Rússia e Arábia Saudita juntas produzem quase 20 milhões de barris do petróleo por dia. A adesão do Irã só reforçaria essa posição, isso sem contar com o pré-sal brasileiro. “Até agora no mundo não há nenhum grupo que reúna exportadores e importadores. O Brics+ poderia mudar a situação”.

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