Dólar em alta, Ibovespa em forte queda após PEC do Rombo seguir tramitação no senado

Em mais um dia de jogo do Brasil na Copa do Mundo, nesta segunda (5) Ibovespa o fechou em queda de 2,25%, aos 109.401,41 pontos, com mais do que 90% das ações listadas terminando o pregão com perdas. O volume de negócios foi de R$ 22,3 bilhões, abaixo dos valores médios de R$ 30 bilhões.

O cenário político-fiscal com a PEC da Transição e falta de informações sobre o próximo ministro da Fazenda continuam pressionando o índice de ações, além do clima negativo em Nova York, que também puxou o Ibovespa para baixo nesta segunda-feira (5).

Em Brasília, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, colocou a PEC da Transição na pauta da próxima quarta-feira (7), para discussão no plenário da Casa. Investidores estão atentos ao desfecho das negociações em torno do valor e do prazo de exceção ao teto de gastos.

O senador Marcelo Castro, relator do Orçamento, afirmou que a PEC deve manter o impacto de R$ 175 bilhões e R$ 23 bilhões de receita extraordinária. O prazo, contudo, deve diminuir de quatro para dois anos.

As ações ligadas às commodities foram as únicas que fecharam no azul. Subiram as ações de papel e celulose da Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11), com altas de 2,20% e 2,22%, e as ações de siderurgia e mineração, com CSN (CSNA3) e Usiminas (USIM5) ganhando 0,14% e 1,07%.

Já as maiores perdas do Ibovespa ficaram com os papéis de tecnologia, varejo e planos de saúde – ações que ficam pressionadas quando os juros e o dólar sobem, como no dia de hoje. Positivo (POSI3), Qualicorp (QUAL3) e Lojas Renner (LREN3) foram as mais prejudicadas, com quedas de 11,50%, 9,74% e 8,01%.

O dólar escalou lá fora (índice DXY subiu 0,75%, a 105,36 pontos) e as negociações internas acompanharam. Por aqui, a moeda norte-americana subiu 1,30%, a R$ 5,2829. Com as preocupações fiscais no radar, os juros também subiram hoje.

Em Nova York, investidores reagiram aos dados de serviços e indústrias, que mostraram que a economia dos EUA segue resiliente ao aumento dos juros pelo Federal Reserve. A alta do PMI de serviços medido pelo ISM e das encomendas à indústria – ambos acima do esperado – reforçam a expectativa de uma posição agressiva do Fed no encontro de política monetária da próxima semana.

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