O Palácio do Planalto decidiu remover das redes sociais oficiais do governo federal a transmissão do evento do Dia do Trabalhador, durante o qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um apelo antecipado de voto para Guilherme Boulos (PSOL) na corrida pela Prefeitura de São Paulo. Tal prática é proibida pela legislação eleitoral, que só permite pedidos de voto após o início oficial da campanha eleitoral.
Durante o discurso às centrais sindicais, Lula chamou Boulos ao seu lado, fez elogios ao aliado e pediu que o público votasse nele na eleição municipal de outubro. O presidente afirmou que o deputado vai enfrentar “três adversários” no pleito: o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o prefeito Ricardo Nunes (MDB).
“Ninguém derrotará esse moço aqui se vocês votarem no Boulos para prefeito de São Paulo nas próximas eleições. E eu vou fazer um apelo: cada pessoa que votou no Lula, em 1989, em 1994, em 1998, em 2006, em 2010 e em 2022, tem que votar no Boulos para prefeito de São Paulo” disse Lula ao lado de Boulos.
AGORA É LIBERDADE DE EXPRESSÃO
O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, se manifestou a respeito da fala de Lula e negou o cometimento de crime eleitoral. Segundo ele, a afirmação não pode ser enquadrada como propaganda eleitoral antecipada, mas manifestação de liberdade de expressão:
“A manifestação do Presidente não pode ser enquadrada como propaganda eleitoral antecipada, ou mesmo teria o escopo de influenciar as eleições. Trata-se, em verdade, de manifesto exercício da liberdade de expressão — disse
Ainda de acordo com o ministro, “o que ocorreu foi uma manifestação de apoio político”.
“A fala está enquadrada nas permissões da lei e não nas vedações. Não houve conduta eleitoral vedada.
Pimenta não explicou, porém, o motivo pelo qual o Planalto apagou o vídeo das redes do governo federal.
Assista a fala de LULA:
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