Nesta sexta (16), governadores pediram “ajuda humanitária” da Organização das Nações Unidas (ONU) para a aquisição de imunizantes e insumos, os chamados “kits de intubação”.
Organizados no Fórum dos Governadores, eles se reuniram por videoconferência com a secretária-geral adjunta da ONU, Amina Mohamed.
“O país ocupa o epicentro mundial da Covid-19, com registros crescentes de óbitos por dia, gerando enormes riscos de propagação de variantes mais contagiosas e letais do novo coronavírus, e enfrenta o colapso da rede hospitalar nacional, diante da falta de oxigênio, medicamentos e outros insumos”, disse o documento, assinado pelos 27 governadores na última segunda-feira.
“São 11 estados em que pacientes estão internados e faltam analgésicos, sedativos, em alguns lugares oxigênio. Ou seja, há necessidade de a ONU dar essa ajuda humanitária nessa direção”, disse o governador Wellington Dias (PT), coordenador da temática de vacina no fórum.
Os governadores enviaram à secretária uma carta em que relacionam cinco pontos de combate à pandemia na visão do grupo, entre os quais uma estratégia de combate ao coronavírus com medidas restritivas e isolamento e com o aumento da vacinação por meio da ajuda internacional.
São os seguintes cinco pontos apresentados à ONU, segundo Wellington Dias:
- Que seja cumprido o cronograma do consórcio internacional Covax Facility;
- Que a ONU dialogue com a União Europeia, Índia e China para que o Brasil tenha prioridade na entrega de IFA;
- Que a ONU atue junto à AstraZeneca e ao Sinovac para antecipar a produção de IFA no Brasil;
- Que a ONU atue para que os Estados Unidos vendam ou emprestar as vacinas da AstraZeneca que os EUA têm estocadas;
- Que a ONU ajudasse o Brasil a obter medicamentos e sedativos utilizados para a sedação e intubação de pacientes.