Globo vende sede de São Paulo e pagará aluguel à Vinci

A TV Globo vendeu para a Vinci Real Estate todo o seu complexo de imóveis onde funciona a sede da emissora em São Paulo. O contrato de sale & leaseback garante à Globo ocupar o espaço, como locação, pelos próximos 15 anos. Ela até poderá renovar por mais 15, porém sem direito a sublocar.

O valor total da aquisição é de R$ 522 milhões, o que equivale a um preço de R$ 13.369/m². E a emissora pagará inicialmente, pela locação, R$84,67/m² corrigidos anualmente pelo IPCA. A Vinci tem sua sede no Rio de Janeiro.

A sede paulista da Globo é um ponto já icônico da cidade de São Paulo, em uma posição privilegiadíssima, próxima da chamada “região da Berrini”. A influência é tamanha que a avenida que chega ao local foi rebatizada de Jornalista Roberto Marinho. E o próprio endereço da sede é Rua Evandro Carlos de Andrade, nome do jornalista que tanto dirigiu a área no jornal O Globo como na própria TV. Uma das frentes do terreno é para a Avenida das Nações Unidas (conhecida como Marginal Pinheiros). Outra dá vista para a famosa Ponte Estaiada. O Estúdio Glass, que tem a imagem da ponte como fundo, é um ambiente bastante conhecido dos espectadores da Globo e da Globonews.

São aproximadamente 39 mil m² de área bruta, 56 mil m² de área construída, em um terreno com mais de 43 mil m². O prédio principal leva o nome de Edifício Jornalista Roberto Marinho, o “JRM”, e ainda há na área três módulos de produção, uma área de apoio, dois helipontos, aproximadamente 1.500 vagas de estacionamento entre subsolos e estacionamento externo. Trabalham no local cerca de 1.300 colaboradores.

Revisão do modelo operacional

Essa não é a primeira operação em que a Globo se desfaz de imóveis. Em novembro, o Conselho de Administração de Defesa Econômica (Cade) aprovou a venda de 17 torres da emissora, através do Brasil, para o grupo IHS Brasil, subsidiária da IHS nigeriana. A compradora poderá também utilizá-las para outras transmissões. E 16 desses terrenos onde estão localizadas as torres foram vendidos para a empresa San Gimignano. No documento entregue ao Cade, a Globo declarou que era “uma oportunidade de desinvestimento de ativos, proporcionando a redução de custos com uma atividade secundária ao negócio principal”.

Em nota de resposta, a Globo informou que “está em pleno processo de revisão do seu modelo operacional, implementando medidas que visam apoiar a transformação da empresa em sua estratégia D2C. Neste sentido, a empresa vem buscando ampliar a sua eficiência através da captação de novas fontes de receita, da racionalização na gestão de custos e da ampliação da sinergia entre suas operações, gerando valor em tudo o que faz“.

Fonte: janelapublicitaria

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