Ex-ministro da Defesa fala em regulamentação das fake news pelo STF e pelo TSE e defende urnas
O general Fernando Azevedo e Silva, ex-ministro da Defesa do governo Bolsonaro, disse que a Justiça está observando as notícias falsas. Segundo ele, a internet e as redes sociais mudaram a imprensa e “o perfil das eleições”.
“O TSE e o STF estão debruçados nisso, para fazer uma regulamentação nessa questão das fake news”, afirmou Azevedo e Silva, em uma live na sexta-feira 17.
Durante a conversa com representantes do Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE), Azevedo afirmou ter participado de reunião de transição no TSE dois dias antes e afirmou que a logística para o próximo pleito é “de guerra”.
Na reunião estavam [o ministro Luís Roberto] Barroso [atual presidente do TSE], [Edson] Fachin [próximo presidente do TSE, a partir de fevereiro] e Alexandre [de Moraes, ministro do STF que assume a presidência do TSE em agosto]. Fiquei um pouco surpreso. Já sabia da magnitude das eleições de [20]22, mas a logística é impressionante. É uma logística de guerra – disse o general.
O ex-ministro disse ainda que o convite ao cargo de diretor-geral do TSE “foi feito a várias mãos”, e afirmou que aceitou assumir a função por se tratar de uma instituição de Estado.
“Como ministro da Defesa, eu representava as três Forças, que são instituições de Estado. As eleições e a Justiça das eleições, o TSE, também representam o Estado brasileiro. Não tem partido político representando. Não tem uma maioria, uma minoria” disse o general.
Para o ex-ministro de Bolsonaro, que atuou no gabinete do então presidente do STF, Dias Toffoli, em 2018, não há “sobressalto” nas eleições: “Espero que no final da eleição de 2022 tudo saia muito bem, como saíram as outras.”
O general comentou ainda as urnas eletrônicas. Para o militar, já não se discute mais o instrumento a ser utilizado no ano que vem. “Vai ser ela que vai conduzir a eleição. Não tem de se discutir mais”, afirmou.
Azevedo e Silva vai ocupar a diretoria-geral do TSE. Ele foi convidado pelos ministros Alexandre de Moraes e Luiz Edson Fachin. Os magistrados vão comandar o tribunal no ano que vem.
Entre outras funções, Azevedo e Silva será responsável pelo departamento que cuida das urnas eletrônicas.