Generais da reserva que costumam opinar publicamente sobre as situações que ocorrem no país, a maioria deles lamenta a polarização que novamente deverá predominar na próxima campanha eleitoral à Presidência da República, já que Lula voltou a ser elegível.
Alguns com reações discretas e outros nem tanto, relembra a polêmica com o comentário feito em 2018 pelo general Eduardo Villas Bôas, então comandante do Exército, antes do julgamento do habeas corpus de Lula no Supremo Tribunal Federal. Na época, o tuite de Villas Bôas foi interpretado como tentativa de intimidação ao STF, para impedir que o ex-presidente fosse colocado em liberdade.
“O Brasil vai ficar uma maravilha, dividido entre Lula e Bolsonaro”, ironizou um dos generais ouvidos em anonimato. O general Carlos Alberto dos Santos Cruz, fala em rejeição a extremistas, fanatismo e desinformação. “A decisão de Min STF polariza a política nacional”.
O general Maynard Santa Rosa, que atuou no governo Bolsonaro, onde chefiou a Secretaria de Assuntos Estratégicos até novembro de 2019, falou em “perplexidade” diante da decisão de Fachin.
“Acho que ele avançou além do razoável”, opinou. “O ministro aproveitou a conjuntura de pico do coronavírus e a desorganização da possível resistência. Ele foi audaz e corajoso, com esse golpe político”. Para Santa Rosa, Fachin afrontou o próprio Poder Judiciário.
Já o general Paulo Chagas, escreveu nas redes sociais: “Lula está livre por decisão do Min Fachin. Mais uma vez, valeu a ideologia e os comprometimentos ocultos em detrimento do Brasil e da justiça! Corrupção, acima de tudo!!! “.
Já o presidente em exercício do clube, general da reserva Eduardo José Barbosa, foi direto ao ponto, a decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, de anular todas as condenações do ex-presidente Lula pela Justiça Federal no Paraná em relação às investigações da Operação Lava Jato.
“Lugar de ladrão é na cadeia…. mas não no Brasil onde aqueles que julgam são alinhados políticos daqueles que são julgados”, afirmou Barbosa.
Ele repete a deixa do presidente Jair Bolsonaro que coloca em dúvida a decisão de Fachin ao sugerir um elo entre ele e o Partido dos Trabalhadores.
Confira a análise no Canal Pátria & Defesa:
Leia abaixo íntegra da declaração:
Depois de muitos preparativos para suavizar a notícia, como retirada de provas dos processos, acabar com a prisão em segunda instância, libertar inúmeros condenados, entre outros, finalmente, um único ministro, dentre aqueles que sempre votam a favor dos corruptos, indiferente à boa índole da maioria da população brasileira, fez aquilo que todos já sabiam: anulou todas as condenações do maior político criminoso que esse país já conheceu.
A desculpa encontrada não convence nem alunos do maternal. Novos processos em outras varas são uma artimanha grotesca para que o meliante fique definitivamente impune. Ou alguém acredita que algum desses processos chegará a transitar em julgado (depois de centenas de recursos) com o “paciente” vivo?
Lugar de ladrão é na cadeia…. mas não no Brasil onde aqueles que julgam são alinhados políticos daqueles que são julgados. Toda a comunidade criminosa do país e seus aliados mundo a fora devem estar festejando a vitória do banditismo.
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