Futura embaixadora dos EUA no Brasil diz que eleições serão justas, apesar de Bolsonaro

Escolhida presidente Joe Biden para ser a nova embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Elizabeth Bagley disse nesta quarta-feira (18) que prevê dificuldades nas eleições no Brasil, mas que as instituições do país estão preparadas para resistir a pressões antidemocráticas.

“Bolsonaro tem dito muitas coisas, mas o Brasil tem sido uma democracia, tem instituições democráticas, Judiciário e Legislativo independentes, liberdade de expressão. Eles têm todas as instituições democráticas para realizar eleições livres e justas”, disse a diplomata.

Ela fez o comentário ao ser questionada sobre o tema durante a sabatina à qual foi submetida no Senado americano.

“Ao longo de 30 anos, monitorei muitas eleições. E eu sei que não será um momento fácil, muito em razão dos comentários [de Bolsonaro]”, disse Bagley, em referência às reiteradas falas do presidente brasileiro que apenas questiona o sistema eleitoral

Elizabeth ressaltou, ainda, que caso seja aprovada como embaixadora norte-americana no país, ira defender as bandeiras do combate ao desmatamento e de crimes ambientais – a pauta integra o plano de governo do presidente Joe Biden desde que assumiu a Casa Branca.

“Uma das minhas maiores prioridades será encorajar esforços para aumentar a ambição climática e reduzir dramaticamente o desmatamento, proteger os defensores [da floresta] e processar crimes ambientais e atos de violência correlatos”, informou.

Quem é Elizabeth Frawley Bagley

Elizabeth Frawley Bagley (Elmira (Nova Iorque) – 13 de julho de 1952) é uma diplomata, advogada, ativista política e filantropa americana indicada para servir como a próxima embaixadora dos Estados Unidos no Brasil no governo Biden.

Elizabeth Bagley

Carreira

Bagley serviu em três administrações presidenciais como diplomata.

Durante o governo Carter, ela atuou como Oficial de Ligação do Congresso para os Tratados Torrijos-Carter . Além disso, ela foi assistente especial de Sol Linowitz, um dos principais diplomatas do presidente Jimmy Carter, para os Acordos de Camp David de 1979 a 1980. Durante a presidência de Carter, ela foi a ligação do Congresso para a Conferência sobre Segurança e Cooperação na Europa de 1980 a 1981.

Na administração Clinton, foi nomeada para servir como Embaixadora dos EUA em Portugal de 1994 a 1997. Mais tarde, ela atuou como Conselheira Sênior da Secretária de Estado Madeleine Albright, onde estabeleceu e chefiou o Escritório de Aquisição de Programação de Mídia para os estados recém-independentes dos Balcãs . Ela também serviu como ligação do Senado dos Estados Unidos para o Alargamento da OTAN.

Como advogada de direito internacional, foi professora adjunta de direito na Universidade de Georgetown, em Washington, de 1991 a 1993.

No governo Obama, ela atuou duas vezes como Conselheira Especial para Iniciativas do Secretário e foi nomeada pelo Presidente Obama como Delegada dos EUA na Assembleia Geral das Nações Unidas em setembro de 2012. Antes de assumir esses cargos, ela foi a Representante Especial para Parcerias Globais no Gabinete do Secretário de Estado .

Recentemente foi indicada pelo presidente Joe Biden para ser embaixadora dos Estados Unidos no Brasil

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