Após a realização das eleições deste domingo, 2, foram definidos os parlamentares que representarão os brasileiros no Congresso Nacional ou nas Assembleias Legislativas de seus respectivos Estados. No total, foram eleitos 27 novos senadores e 513 deputados federais, além dos deputados estaduais.
Com a definição, foi possível identificar quais nomes não obtiveram sucesso em sua corrida e protagonizaram derrotas emblemáticas no pleito geral deste ano. Nomes que já foram ex-presidentes da Câmara dos Deputados, dos mais votados da história para a Casa, bolsonaristas que se distanciaram do governo federal ou ex-membros de amplos movimentos políticos ficarão de fora da próxima legislatura.
Confira abaixo:
Alexandre Frota (PSDB)
O ator lançou-se como candidato à Câmara dos Deputados em 2018, se elegeu com mais de 155 mil votos e integrava o bloco de apoio ao governo federal.
Durante a pandemia, a crise de saúde passou a se distanciar e a tecer criticas à gestão do Executivo e acabou expulso do PSL.
Frota filiou-se ao PSDB e passou a realizar campanha para ser eleito deputado estadual em São Paulo, mas teve pouco menos de 25 mil votos. A quantia foi insuficiente para conquistar uma cadeira na Assembleia Legislativa paulista.
Joice Hasselmann (PSDB)
Joice foi uma das poucas deputadas na história a se eleger para mais de um milhão de votos. Em 2019, a parlamentar foi eleita líder do governo na Casa legislativa, mas rompeu com o governo federal após um desentendimento com o presidente Jair Bolsonaro. Dois anos depois, a jornalista deixou o PSL e migrou para o PSDB.
Agora, tucana, tentou reconquistar sua vaga na Câmara, mas obteve uma queda de 98,75% do seu eleitorado e passou de 1.078.666 votos em 2018 para 13.510 neste domingo.
Abraham e Arthur Weintraub
Abraham Weintraub (PMB) e Arthur Weintraub (PMB) tentaram chegar à Câmara, mas passaram a atacar o presidente em meio à campanha. Abraham, ex-ministro da Educação, teve 3,9 mil votos. Arthur, ex-assessor especial do governo, recebeu 1,9 mil.
Mandetta não é eleito para o Senado
A candidata do PP, Tereza Cristina, foi eleita senadora da República pelo estado de Mato Grosso do Sul nas eleições 2022. De acordo com dados de apuração do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com 99,20% das urnas apuradas, Tereza obteve 60,95% dos votos válidos (824.320 votos). Em segundo lugar ficou o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que recebeu 15,13% (204.615 votos).
Janaina Paschoal
Janaína Paschoal (PRTB-SP), que teve mais de 2 milhões de votos nas últimas eleições e se tornou a candidata mais votada da história do País, teve 447 mil ao tentar o Senado por São Paulo neste ano.
Eduardo Cunha (PTB)
Então deputado federal e presidente da Casa durante o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), Cunha mudou seu domicílio eleitoral para o Estado de São Paulo e buscava um retorno à Câmara. Com o slogan de “tirar o PT de novo” do poder, Cunha teve pouco mais de 5 mil votos
Kátia Abreu (PP)
Integrante da chapa presidencial que concorreu ao Planalto em 2018, junto com Ciro Gomes (PDT), a senadora pleiteava a reeleição ao Senado Federal pelo Estado do Tocantins. Integrante da bancada ruralista, Kátia foi a primeira mulher a ser eleita à Casa Alta do Legislativo com quase 282 mil eleitores. No último domingo, a parlamentar obteve apenas 18,5% dos votos válidos e sua vaga no Senado Federal será, à partir da próxima legislatura, da deputada federal Professora Dorinha (União Brasil).
Álvaro Dias (Podemos)
Padrinho político de Sergio Moro (União Brasil) e entusiasta da Operação Lava Jato, Álvaro encontra-se no Senado Federal há mais de 20 anos. O político buscava outro mandato de oito anos como senador e disputava a vaga contra o ex-juiz Moro. Com 24% dos votos válidos no Paraná, o parlamentar não ficou atrás apenas do ex-ministro, que teve 34% do eleitorado e foi eleito, como também de Paulo Martins (PL), que conquistou 29% dos votos e foi o segundo candidato mais votado no Estado.
José Serra (PSDB)
Ex-ministro das Relações Exteriores na gestão Michel Temer, ex-ministro da Saúde e ex-ministro do Planejamento e Orçamento no governo Fernando Henrique, ex- governador do Estado de São Paulo, ex-prefeito de São Paulo e ex-deputado federal, José Serra ocupa atualmente o cargo de Senador por São Paulo. Neste ano, o tucano lançou-se à Câmara dos Deputados como um dos nomes fortes ao PSDB. Os 88.926 votos não foram suficientes para se eleger de maneira direta e Serra será o terceiro suplente da federação PSDB/Cidadania, saindo da vida pública eletiva nos próximos anos.
Personagem da CPI da Covid, Luis Miranda não consegue se reeleger
Luis Miranda (Republicanos) não conseguiu se reeleger como deputado federal neste domingo (2). Personagem da CPI, o parlamentar ficou mais conhecido ao denunciar um suposto esquema de superfaturamento envolvendo a compra de imunizantes da Covaxin pelo governo federal.
Em 2018, quando concorreu a uma vaga na Câmara pelo Distrito Federal, Luis Miranda foi eleito com mais de 65 mil votos.
Em 2022, no entanto e após mudar seu domicílio eleitoral tentando se reeleger por São Paulo, o deputado conseguiu 8.931 votos.
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