A tensão na fronteira leste ucraniana vêm aumentando rapidamente nas últimas 24 horas.
A Milícia Popular de Lugansk alega que o presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky “instruiu pessoalmente as forças ucranianas a escalar o conflito” na região do Donbass.
O presidente Zelensky visitou a cidade de Mariupol na quarta-feira (16) que foi transformada na capital do Oblast (área administrativa) de Donestk em substituição a antiga capital homônima de Donestsk que foi ocupada pelos sparatistas em 2014.
Zelensky foi até a região para celebrar o “Dia a Unidade”, data que foi cravada como dia da invasão segundo relatos de inteligência e autoridades ocidentais. Lá ele se dirigiu às forças ucranianas e declarou que a Ucrânia “não tem medo de nenhum inimigo” e e vai “defender-se” de qualquer agressão russa.
Após o discurso, segundo fontes das forças rebeldes, o presidente ucraniano partiu de barco pelo Mar de Azov até a zona de operações e na manhã de hoje as Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk, relataram ataques com morteiros e lançadores de granadas realizados por forças ucranianas. O chefe da Milícia Popular de Lugansk, Yan Leshchenko, confirmou que a situação se deteriorou.
“Nas últimas 24 horas, a situação na linha de contato aumentou significativamente.O inimigo, sob ordens diretas da liderança político-militar de Kiev, está tentando escalar o conflito.” disse Yan Leshchenk
Por outro lado os ucranianos acusam diretamente as forças pró-Rússia de desencadear o ataque que atingiu um jardim de infância na região de Stanytsia-Luganska no Oblast de Lugansk.
De acordo com o Centro de Comando Militar da Ucrânia no leste os separatistas “com especial cinismo” executaram ataques de artilharia.“Os projéteis atingiram um jardim de infância”.
Autoridades em Kiev afirmaram também que o bombardeio ainda afetou o fornecimento de energia elétrica e uma escola próxima. Autoridades russas expressaram “profundas preocupações” com a escalada na região e espera “que nossos oponentes das capitais ocidentais, de Washington, da OTAN, usem toda a sua influência para alertar as autoridades de Kiev contra uma nova escalada” disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. O Secretário-Geral da OTAN, Jens Stoltenberg disse estar “preocupado com o fato de a Rússia estar tentando preparar um pretexto para um ataque armado contra a Ucrânia”.
Enquanto ucranianos e forças rebeldes pró-Rússia se acusam mutuamente os observadores da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa) na região atestaram os ataques e constataram violações do cessar-fogo em descumprimento aos Protocolos de Minsk assinados em 2015. O porta-voz da Milícia Popular de Donetsk,Oleg Nikitin, disse hoje em comunicado que as forças da Rpública Popular de Donetsk “tiveram que abrir fogo de retaliação para suprimir as armas do exército ucraniano e proteger civis” e que as informações e registros das baixas civis e danificação das instalações serão levado ao conhecimento dos observadores do OSCE “para tomar medidas contra os infratores e descartar os casos de falsificação dos dados registrados sobre violações do cessar-fogo pelos militares ucranianos”.
Fonte: Hoje no mundo militar
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