FMI piora projeção fiscal do Brasil ainda em 2024 e diz Não acreditar em Superávit com Lula

O Fundo Monetário Internacional (FMI) ajustou para baixo as previsões econômicas para o Brasil em 2024 e para os anos seguintes, seguindo a recente revisão das metas fiscais pela equipe econômica do Governo Lula, anunciada no início desta semana.

De acordo com o FMI, o Brasil deverá enfrentar um déficit fiscal até o término do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com a dívida pública projetada para crescer e atingir patamares semelhantes aos observados no Egito e na Ucrânia.

O FMI estima que o Brasil registrará um déficit primário de 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024 e de 0,3% em 2025. A expectativa é que o equilíbrio fiscal seja alcançado apenas em 2026, último ano do governo Lula, com o país retornando a um superávit de 0,4% do PIB em 2027, com melhorias contínuas até 2029, conforme indica o relatório Monitor Fiscal, divulgado durante as reuniões de Primavera do FMI em Washington, Estados Unidos.

Esta revisão apresenta um cenário mais negativo que o anterior, publicado em outubro pelo Fundo, que projetava um déficit primário de 0,2% do PIB em 2024 e um superávit de 0,2% no ano seguinte.

Após a divulgação de metas fiscais revisadas e menos ambiciosas pelo governo Lula, incluindo a redução da meta de superávit para 2025 de 0,5% do PIB para zero e a manutenção da meta de zero para 2024, além de uma redução para 2026 de 1% para 0,25%, o FMI expressou ceticismo sobre a capacidade do novo framework fiscal em estabilizar a dívida pública do país, que espera-se que continue a crescer, atingindo 86,7% do PIB este ano, frente aos 84,7% em 2023, e chegando a 90,9% do PIB em 2026.

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