O Comitê de Investigação da Rússia, órgão de investigação federal ligado diretamente à presidência, afirmou em um comunicado que tudo indica que a morte da jornalista e cientista política Darya Dugina “foi um crime planejado com antecedência e contratado por terceiros”.
Dugina, filha do pensador russo Alexander Dugin, morreu na noite de sábado (20), após a explosão de um Toyota Land Cruiser, no qual ela estava ao volante, em uma rodovia a 32 quilômetros a oeste de Moscou.
“Um dispositivo explosivo foi colocado na parte de baixo do carro do lado do motorista. Darya Dugina, que estava ao volante, morreu no local”, disse o comitê.
O incidente ocorreu no distrito de Odintsovo, uma área nobre dos subúrbios de Moscou, por volta das 21h45 no horário local.
O carro pegou fogo, espalhando pedaços pela estrada. A imprensa russa informou que o veículo colidiu em uma cerca antes de ser tomado pelas chamas.
Pai e filha estavam participando de um festival nos arredores de Moscou, e Dugin decidiu trocar de carro no último minuto, informou o jornal do governo russo Rossiyskaya Gazeta.
Quem era Darya Dugina, morta em explosão de carro na Rússia
A jornalista e cientista política Darya Dugina, de 30 anos, foi morta por volta das 21h45 (horário local) de sábado (20), em Moscou.
Dugina, que nasceu em 1992, era formada em filosofia pela Universidade Estatal de Moscou
Ela atuava como editora-chefe no site United World Internacional (UWI), que defendia a guerra contra a Ucrânia. Além disso, a russa trabalhava como comentarista do canal de TV nacionalista Tsargrad e do site Movimento Eurasiano Internacional. Inclusive, neste domingo, 21, a Tsargrad disse que Dasha, como era apelidada, sempre esteve na frente do confronto com o Ocidente
Em março, ela foi uma das pessoas sancionadas pelos Estados Unidos, assim como parte de uma lista de elites russas e agências de desinformação dirigidas pela inteligência do país, ao lado de seu pai, que foi designado para sanções desde 2015. Ela também foi sancionada pelo Reino Unido em julho por seu apoio à invasão da Rússia, informou o jornal The Washington Post.