O ex-presidente Pedro Guimarães se pronunciou nesta terça (5) sobre as denúncias de assédio sexual, por meio de um texto publicado na edição desta terça-feira, 5, da Folha de S. Paulo.
O economista falou que está sendo alvo de “um massacre insano e inquisitorial” e diz que vai lutar para provar a inocência.
Entre as iniciativas, Guimarães afirmou que vai pedir imagens de câmeras de segurança, tanto da sede da Caixa em Brasília como de hotéis em que esteve a trabalho nos últimos tempos.
“Eu quero sofrer a mais profunda devassa a que uma pessoa pode ser submetida”, afirmou o ex-presidente da Caixa.
Câmeras de segurança e e-mails
No texto publicado nesta terça-feira, Pedro Guimarães diz que vai tentar levantar, por conta própria, evidências sobre seu comportamento à frente do banco.
“Informo que irei solicitar aos hotéis em que estive como presidente da Caixa Econômica Federal qualquer imagem minha nas suas dependências, durante o tempo de minhas hospedagens”, disse
“Eu solicitarei à presidência da Caixa que me forneça todas as imagens, de todas as câmeras, da presidência, dos corredores, de elevadores, garagens. Esse acervo todo eu quero ver exposto! E quero ver se há em todas essas horas um segundo sequer de comportamento impróprio, um ato atentatório contra uma única mulher.”
O executivo também manifestou que pretende enviar e-mails do período da presidência para uma perícia independente. Guimarães ainda falou sobre o estilo de administração, que foi motivo de contestações, em razão de práticas incomuns de motivação, como pedir que funcionários fizessem flexões durante eventos.
“Não sou perfeito. Sou humano. Dirigi a Caixa com uma diretriz clara. Quando cheguei, a empresa estava nas manchetes policiais. Era necessário um choque de postura. Posso ter errado algumas vezes? Sim. Mas nunca haverá áudios meus promovendo a corrupção que antes corroía a Caixa e que estancamos. E não se faz isso rezando o pai-nosso. Às vezes, é preciso motivar, às vezes é preciso demonstrar firmeza.”