O general Manuel Cristopher Figuera diz na carta de duas páginas, assinada, na data 16JAN2022, e distribuída a vários meios de comunicação, que existe na Venezuela duas Bases Russas.
A “Base Militar Russa criada dentro da 41ª Brigada Blindada na cidade de Valência, estado de Carabobo” e “há uma em Manzanares, estado de Miranda, onde funciona a Base Militar Russa para Guerra Eletrônia e Comunicações “.
O militar acrescenta sobre essas instalações russas que “seu único objetivo é ameaçar a segurança nacional dos Estados Unidos”. Até agora, vários meios de comunicação, haviam revelado a presença de soldados russos na Venezuela, reforçada depois que Juan Guaidó se autoproclamou presidente interino com apoio dos EUA, em 2019.
Cristopher Figuera afirma em sua carta que “a rendição da soberania é tal que o governo russo, valendo-se de um direito cassado, recentemente, na mesa de negociações geopolíticas mundiais diante da crise na Ucrânia, gerada pela Rússia para frear a suposta avanço da OTAN em territórios da Europa Oriental, ameaçou colocar mais infra-estrutura e meios militares de alto nível na Venezuela.
Com efeito, na quinta-feira passada, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Riabkov, disse em entrevista ao canal RTVI, quando questionado sobre um reforço militar russo em Cuba ou na Venezuela: “No contexto da situação atual, a Rússia pensa em como garantir sua Segurança própria.
Silêncio de Caracas
Segundo o general venezuelano no exílio, “é evidente que o regime ditatorial e criminoso de Nicolás Maduro é uma ameaça não apenas à segurança dos Estados Unidos, mas também à região latino-americana e ao resto do mundo livre. Visto que é sede de operações de grupos narcoterroristas irregulares do crime organizado, grupos extremistas islâmicos, terreno fértil para a exportação do terrorismo e do crime internacional; que teve a cumplicidade de potências estrangeiras e de outros países com vasta experiência em tiranias; com a de organizações internacionais como a União Europeia e a Organização das Nações Unidas e até o próprio Vaticano».
Depois de chegar aos EUA, o general Cristopher Figuera deu poucas entrevistas à mídia, incluindo a ABC, e manteve um perfil extremamente discreto enquanto cooperava com as autoridades americanas. Ele geralmente se comunica com declarações assinadas em sua própria caligrafia, como a emitida em 16 de janeiro. Sobre a localização dessas bases russas não há mais confirmação do que as declarações do general no exílio. O regime venezuelano não fez uma declaração direta sobre o assunto.
Fonte: https://www.defesanet.com.br/ven/noticia/43327/Venezuela—Ex-chefe-de-espionagem-de-Maduro-denuncia-bases-russas-na-Venezuela/