EUA voltam a impor Sanções ao Petróleo e Gás da Venezuela

Em meio a tensões políticas e econômicas, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou hoje que não renovará uma licença vital que aliviava significativamente as sanções petrolíferas impostas à Venezuela. A medida, que expira na quinta-feira, foi implementada em resposta ao suposto descumprimento por parte do regime de Nicolás Maduro de certos compromissos eleitorais.

A decisão, tomada poucas horas antes do prazo final, foi anunciada pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos em seu site oficial. A nova licença concederá às empresas um período de 45 dias para “encerrar” seus negócios e transações no setor de petróleo e gás do país sul-americano.

Essas sanções à indústria petrolífera venezuelana foram inicialmente impostas em 2019 pelo governo do então presidente Donald Trump, em resposta à reeleição de Maduro, vista com desconfiança pelos Estados Unidos e outros governos ocidentais.

Embora Maduro tenha cumprido alguns dos compromissos estabelecidos no acordo eleitoral do ano passado, ele falhou em outros aspectos, incluindo a garantia de uma competição eleitoral justa e aberta para a oposição. Isso levou a administração Biden a optar por não renovar a licença que concedia alívio parcial das sanções.

A retirada desse elemento crucial do alívio das sanções representa um retrocesso significativo na política de Biden em relação à Venezuela. No entanto, o governo dos Estados Unidos não está adotando uma abordagem de “máxima pressão” como seu antecessor, Trump.

A decisão de não renovar a licença reflete preocupações sobre o impacto potencial no mercado global de petróleo e no fluxo de migrantes venezuelanos em direção à fronteira com o México. Enquanto isso, o governo de Biden continua buscando uma estratégia que puna Maduro sem prejudicar os interesses americanos.

Embora as autoridades venezuelanas tenham expressado confiança em sua capacidade de enfrentar as novas sanções, observadores acreditam que o país enfrentará desafios significativos, especialmente em relação à infraestrutura petrolífera e às perspectivas de investimento estrangeiro.

Washington deixou a porta aberta para uma possível revisão de sua decisão, afirmando que isso não indica uma ruptura total nas relações com a Venezuela. No entanto, a administração Biden continuará monitorando de perto a situação e mantendo diálogo com representantes de Maduro.

As empresas afetadas pela expiração da licença têm até 31 de maio para concluir suas operações, mas ainda podem solicitar licenças específicas caso a caso. A aprovação dependerá da postura adotada pelos Estados Unidos em relação às solicitações individuais.

Enquanto isso, as autorizações existentes para empresas específicas, como a Chevron, permanecerão intactas, garantindo a continuidade das operações no setor petrolífero venezuelano.

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