O governo da China afirmou em 30 de dezembro, que os Estados Unidos irão pagar um “preço insuportável” se continuarem apoiando Taiwan.
A ilha tornou-se central na relação entre os 2 países, com a autonomia do território elevando as tensões na Ásia.
“Os EUA voltaram atrás em seu compromisso assumido quando estabeleceram relações diplomáticas com a China, toleraram e incentivaram as forças de ‘independência de Taiwan’ e tentaram distorcer e esvaziar o princípio da China única”, disse Wang Yi, ministro das Relações Exteriores da China.
“Isso colocará Taiwan em uma situação extremamente precária e trará um custo insuportável para os próprios EUA.”
Wang Yi afimou que “há apenas uma China no mundo, e Taiwan faz parte da China”.
Para o governo chinês, Taiwan é uma “província rebelde”.
Na última semana, os EUA e o Japão firmaram acordo preliminar de cooperação militar no caso de uma emergência em Taiwan.
O chanceler chinês afirmou na entrevista publicada nesta 5ª feira (30.dez) que o presidente Joe Biden e altos funcionários dos EUA afirmam que não apoiam uma suposta independência de Taiwn e que não têm intenção de um conflito com a China. Mas suas ações não são nesse sentido, avalia Wang Yi.
TAIWAN E CHINA
A ilha de Taiwan é um ponto de tensão histórica na relação diplomática asiática. Nos últimos meses, a tensão aumentou.
Em outubro, o presidente Xi Jinping, afirmou que os cidadãos de Taiwan deveriam ficar do “lado certo da história e dar as mãos para alcançar a reunificação completa da China e o rejuvenescimento da nação chinesa”.
Em resposta, a presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, disse que a autonomia era uma questão a ser “decidida conforme a vontade de seu povo” e que a ilha “não se curvará” à pressão chinesa.
Taiwan foi fundada em 1949 por dissidentes políticos derrotados na Guerra Civil Chinesa. O PCCh (Partido Comunista Chinês) tem intensificado a pressão para a reunificação da China continental