EUA enviam navios de guerra para perto da Venezuela para combater cartéis de drogas

Três destróieres de mísseis guiados Aegis dos Estados Unidos devem chegar à costa da Venezuela nas próximas 36 horas como parte de um esforço para enfrentar ameaças dos cartéis de drogas latino-americanos, disseram duas fontes informadas sobre o assunto nesta segunda-feira.

O presidente Donald Trump tem mantido a intenção de usar as Forças Armadas para perseguir as gangues de drogas latino-americanas designadas como organizações terroristas globais.

Segundo as fontes, os navios são o USS Gravely, o USS Jason Dunham e o USS Sampson.

Essa mesma autoridade dos EUA disse, sob condição de anonimato, que o compromisso adicional de ativos militares na região de uma forma mais ampla deve incluir aviões espiões P-8, navios de guerra e pelo menos um submarino de ataque.

Os navios USS Gravely (DDG-107), USS Jason Dunham (DDG-109) e USS Sampson (DDG-102) são destruidores de mísseis guiados da classe Arleigh Burke (Flight IIA), equipados com o sistema de combate Aegis. Abaixo está uma análise detalhada sobre os tipos de mísseis que esses navios carregam, a quantidade aproximada e os tipos de missões para as quais são usados, com base em informações disponíveis sobre a classe Arleigh Burke:

 

1. Tipos de Mísseis e QuantidadeOs destruidores da classe Arleigh Burke (Flight IIA) possuem 96 células de lançamento vertical (VLS – Vertical Launch System), que podem ser configuradas para carregar uma combinação de mísseis dependendo da missão.

 

Os principais tipos de mísseis incluem:

  • SM-2 (Standard Missile-2): Mísseis superfície-ar usados para defesa aérea contra aeronaves e mísseis de cruzeiro. Cada navio pode carregar dezenas dessas unidades, dependendo da configuração da missão.
  • SM-3 (Standard Missile-3): Mísseis de defesa antimísseis balísticos, usados para interceptar mísseis balísticos em voo. Um número menor é carregado, geralmente entre 10-20, devido à especialização.
  • SM-6 (Standard Missile-6): Mísseis multifuncionais para defesa aérea de longo alcance, ataque a alvos terrestres e defesa antimísseis. Quantidade varia, mas geralmente compõe uma parte significativa do VLS (20-30 mísseis).
  • Tomahawk (TLAM – Tomahawk Land Attack Missile): Mísseis de cruzeiro de longo alcance para ataques de precisão contra alvos terrestres. Um navio pode carregar entre 20-50 mísseis Tomahawk, dependendo da missão.
  • ASROC (Anti-Submarine Rocket): Mísseis antinavio e antisubmarino, usados para combate a submarinos. Geralmente, menos de 10 por navio.
  • Evolved Sea Sparrow Missile (ESSM): Mísseis de curto alcance para defesa aérea próxima. Cada célula VLS pode carregar até 4 ESSMs, permitindo até 40-60 mísseis desse tipo.
  • Harpoon Missiles: Mísseis antinavio, com 8 unidades carregadas em lançadores de convés (não VLS

Quantidade Total: Cada navio tem 96 células VLS, mas a combinação exata de mísseis varia por missão. Por exemplo, em uma missão de ataque terrestre, mais Tomahawks são carregados; em defesa aérea, mais SM-2, SM-3 ou SM-6. Além disso, os navios possuem o Phalanx CIWS (Close-In Weapon System) para defesa de ponto contra mísseis e pequenas embarcações, como demonstrado pelo USS Gravely em 30 de janeiro de 2024, ao abater um míssil de cruzeiro Houthi.

2. Tipos de MissõesOs destruidores da classe Arleigh Burke são plataformas multimissão, projetadas para operar em diversos cenários. Suas principais missões incluem:

  • Defesa Antiaérea: Proteção de grupos de ataque de porta-aviões ou forças anfíbias contra ameaças aéreas, usando SM-2, SM-6 e ESSM. O sistema Aegis é crucial para rastrear e engajar alvos aéreos.
  • Defesa Antimísseis Balísticos: Uso de SM-3 para interceptar mísseis balísticos, como parte da estratégia de defesa contra ameaças de longo alcance.
  • Ataque Terrestre: Lançamento de mísseis Tomahawk para ataques de precisão contra alvos terrestres, como visto no uso do USS Gravely em 12 de janeiro de 2024, contra alvos Houthi no Iêmen.

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