Os EUA realizaram uma série de bombardeios, nesta sexta-feira (02/02), contra alvos da Guarda Revolucionária iraniana e milícias associadas no Iraque e na Síria, informou um funcionário do Departamento de Defesa.
O foco principal dos ataques dos EUA esta noite na Síria e no Iraque foi o grupo pró-iraniano Kataib Hezbollah.
Os ataques são o início de uma represália pela morte de três soldados americanos em uma base na Jordânia, acrescentou. Ao menos 13 combatentes apoiados pelo Irã morreram, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), uma organização não-governamental com sede no Reino Unido.
A ofensiva, que ocorreu pouco depois de o presidente Joe Biden participar da cerimônia solene de repatriação dos corpos dos militares mortos, marca uma forte escalada da guerra no Oriente Médio que Washington tem procurado evitar.
“Os ataques aéreos usaram mais de 125 munições guiadas com precisão” e atingiram mais de 85 alvos, disse o Comando Central dos EUA (Centcom) nas mídias sociais, especificando que os alvos incluíam centros de comando e inteligência, bem como instalações de armazenamento de foguetes, mísseis e drones pertencentes a milícias e forças iranianas “que facilitaram ataques contra as forças dos EUA e da coalizão”.
Biden havia prometido responder ao ataque de drone na Jordânia no domingo, que matou três soldados americanos e feriu pelo menos mais 40 militares. A ação desta sexta procurou enviar uma mensagem ao Irã e às milícias apoiadas por ele de que os ataques contínuos às tropas dos EUA na região e aos navios internacionais no Mar Vermelho terão uma resposta, disse o presidente.
“Nossa resposta começou hoje. Ela continuará nos momentos e locais de nossa escolha”, disse o presidente dos EUA em nota nesta sexta. “Os Estados Unidos não buscam conflitos no Oriente Médio ou em qualquer outro lugar do mundo. Mas que todos aqueles que possam tentar nos prejudicar saibam disso: Se você ferir um americano, nós responderemos.”