U.S. President Donald Trump and Russian President Vladimir Putin look at each other during a press conference following their meeting to negotiate an end to the war in Ukraine, at Joint Base Elmendorf-Richardson, in Anchorage, Alaska, U.S., August 15, 2025. REUTERS/Kevin Lamarque TPX IMAGES OF THE DAY

Encontro Trump-Putin no Alasca: veja quem é quem nas comitivas dos EUA e da Rússia

Donald Trump e Vladimir Putin fazem nesta sexta-feira (15) no Alasca o primeiro encontro bilateral entre os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia desde o início da guerra na Ucrânia, há mais de três anos e meio. 

Trump e Putin foram acompanhados por comitivas de integrantes do mais alto nível de seus governos, e que farão parte das tratativas sobre o fim do conflito após um encontro “a sós” entre os presidentes. Os nomes americanos foram confirmados pela Casa Branca e os russos, pela agência estatal Tass.

Veja abaixo quem está nas comitivas dos EUA e da Rússia:

Comitiva dos EUA

1-Marco Rubio: secretário de Estado, chefe da política externa dos EUA;

2-Steve Witkoff: enviado especial de Trump para a guerra na Ucrânia. Ele se encontrou diversas vezes com Putin nos últimos meses;

3-Howard Lutnick: secretário do Comércio dos EUA e responsável pelas tarifas aplicadas no governo Trump;

4-Scott Bessent: secretário do Tesouro dos EUA, responsável pelas finanças do governo americano;

Confira a postagem que Eduardo Bolsonaro fez sobre encontro com o Secretário do Tesouro dos EUA

5-John Ratcliffe: diretor da CIA, o serviço secreto dos EUA;

Comitiva da Rússia

1-Yuri Ushakov: principal assessor do Vladimir Putin;

2-Sergey Lavrov: ministro das Relações Exteriores russo, chefe da política externa;

3-Andrey Belousov: ministro da Defesa russo;

4-Anton Siluanov: ministro das Finanças russo;

5-Alexander Darchiev: embaixador russo nos EUA, que mora na capital americana, Washington D.C.;

6-Kirill Dmitriev: encarregado de negócios de Putin e CEO Fundo Russo de Investimento Direto russo.

Trump também levou ao Alasca seu principal redator de discursos, Ross Worthington, e seu secretário, Will Scharf, que gerencia os documentos que são assinados pelo presidente. Além disso, funcionários sêniores da Casa Branca acompanharam o presidente, como a chefe de Gabinete, Susie Wiles, o diretor de Comunicações, Steven Cheung, e a porta-voz Karoline Leavitt e vice-chefes de Gabinete.

O nível das autoridades levadas pela Rússia ao Alasca contrasta com os negociadores enviados para tratativas diretas com a Ucrânia, que ocorreram em três oportunidades durante os últimos meses e foram consideradas esvaziadas. Os encontros resultaram apenas em trocas de prisioneiros de guerra e escancarou ainda mais a distância do que cada país exige para o fim da guerra.

Encontro entre Trump e Putin será ‘partida de xadrez’

“Será como uma partida de xadrez”.

A frase, dita pelo presidente EUA, Donald Trump, na quinta-feira (14), resume o clima com o qual Estados Unidos e Rússia chegaram para a primeira cúpula entre os dois países desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022.

Zelensky não participou do encontro. Segundo a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, a exclusão do presidente da Ucrânia ocorreu porque partiu de Putin a ideia do encontro com Trump.

Foi também o primeiro encontro a sós entre os dois líderes desde 2018. Na ocasião, quando a cúpula bilateral tratou de acusações de interferência russa nas eleições dos EUA, Putin conseguiu convencer Trump, que ainda saiu do encontro defendendo a versão do Kremlin e contradizendo a própria CIA, que dizia ter provas de que Moscou interferiu no pleito norte-americano.

A avaliação da imprensa norte-americana é que, desta vez, um Trump mais autoritário e experiente pode bater de frente com o homólogo russo.

Mas, como disse o próprio Trump, “nada está garantido”. Embora tenham trocado críticas e ameaças nos últimos meses, tanto Trump como Putin sinalizaram, na véspera da reunião, estar esperançosos de que será um bom encontro.

O líder russo elogiou os “esforços sinceros” de Washington para solucionar a guerra na Ucrânia e disse achar que o cara a cara com Trump pode selar a “paz mundial”. Mas ponderou que isso só ocorrerá caso haja um acordo para restringir o uso de armas estratégicas, incluindo as nucleares, já sugerindo uma tentativa de barganhar algo em troca de um cessar-fogo na Ucrânia.

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