O empresário Otávio Oscar Fakhoury repetiu hoje na CPI da Covid suas posições em relação à crise de saúde pública e também falou sobre máscaras, imunizantes e outros.
Fakhoury disse que não fez doações eleitorais diretamente para a campanha do então candidato a presidente Jair Bolsonaro, em 2018.
Fakhoury disse que não tem relação com o chefe do Executivo federal e disse ser mero “apoiador”. Além disso, rebateu a acusação de que teria atuado com o objetivo de financiar disseminação de notícias falsas durante a pandemia.
“Eu não tenho relação pessoal com o presidente da República. Eu sou um apoiador e não tenho relação pessoal.” disse Fakhoury
“Minha posição em relação a vacinas é que elas têm que ser adquiridas e oferecidas pelo governo, porém elas ainda hoje se encontram em estágio experimental, segundo as informações do FDA americano [agência de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos] e também da Anvisa, apesar de a Anvisa ter dispensado a fase 3 [última etapa de testes] para que ela fosse aplicada. Ela ainda está em fase 3 de testes”, disse
“A minha posição é que elas não devem ser obrigatórias… Para a minha família e pessoalmente, eu aguardo o término dos testes para que eu possa decidir se imunizo a minha família ou não”, afirmou.
Fakhoury também defendeu o uso de tratamento antecipado.
“Na minha casa, na minha família, teve 14 pessoas com covid, das 14, família e círculo próximo, 14 pessoas que não foram hospitalizadas devido aos remédios que são falados aí. Não perdi ninguém, criança, adulto, idoso.”
Questionado pelos membros da CPI quanto à defesa de fake news durante o depoimento, fato que, de acordo com parlamentares, poderia ser enquadrado como ato criminoso, Fakhoury respondeu por mais de uma vez que se tratava de “opinião pessoal”, garantida pela “liberdade de expressão”.
“Isso não é liberdade de opinião. Só me permita aqui divergir. Isso não é liberdade de opinião. Quando a sua decisão, a sua opinião compromete a saúde de todos, isso não é liberdade de opinião. Isso é crime”, declarou o vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
O empresário disse reconhecer ter custeado grupos que imprimiram material de campanha em favor de Bolsonaro, em 2018. “Declarei todas as minhas ajudas de campanha”, observou. “Todas foram declaradas. Todas as ajudas para campanhas políticas foram declaradas.”