Em reunião tensa na ONU, EUA e Rússia trocam acusações sobre a crise na Ucrânia

Representantes dos EUA e da Rússia trocaram acusações durante uma tensa reunião no Conselho de Segurança da ONU centrada na crise de segurança na Ucrânia e nas diferentes versões sobre o impasse diplomático e militar.

A Rússia tentou até o último instante manter o encontro a portas fechadas, mas acabou derrotada em votação. Os EUA obtiveram o apoio de outros nove países para que as discussões ocorressem de forma pública, entre eles o Brasil, que ocupa assento não permanente no conselho. Em suas colocações iniciais, a embaixadora dos EUA, Linda Thomas-Greenfield, usou um tom duro contra Moscou.

“As ameaças de agressão na fronteira com a Ucrânia são um ato de provocação” afirmou a diplomata. A provocação vem da Rússia, não dos demais membros deste Conselho.

Refletindo a posição da Casa Branca sobre a crise, ela acusou a Rússia de posicionar mais de 100 mil militares nas fronteiras com a Ucrânia desde meados do ano passado, e disse que Moscou estava se preparando para uma “ação ofensiva”.

Thomas-Greenfield afirmou ainda que os russos devem enviar mais 30 mil militares para a Bielorrússia até o início de fevereiro — há cerca de duas semanas, Moscou anunciou a realização de exercícios conjuntos com Minsk, previstos para o final de fevereiro, e vem transportando equipamentos militares para o país vizinho desde então.

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