Parlamentares e advogados que apoiam a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta segunda-feira (17) pedir ações contra a disseminação de supostas fake news na campanha eleitoral. Os representantes da coligação que apoia Lula se reuniram com o presidente da Corte eleitoral, ministro Alexandre de Moraes, nesta tarde.
Após a reunião, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), disse ter a sensação de que o TSE está “enxugando gelo” ao suspender propagandas e publicações nas redes sociais com desinformação, informou a Folha de S. Paulo. “O problema é que a sensação que nós temos é a sensação de que estamos enxugando gelo, que não dá para retirar apenas a propaganda. Nós temos um esquema no país de produção, coordenação e operacionalização de fake news”, disse Gleisi.
No domingo (16), a coligação de Lula apresentou ao TSE um pedido de investigação sobre um suposto “ecossistema de desinformação” promovido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). A campanha também solicitou bloqueio de contas nas redes sociais até 31 de outubro e quebra de sigilos telemático, telefônico e bancário do presidente e seu candidato a vice, Walter Braga Netto (PL), e de 45 apoiadores.
“Temos consciência, temos convicção, que esta rede [que disseminaria fake news] atuou já no primeiro turno e foi responsável pelo acréscimo de votos ao atual presidente da República na reta final… Temos consciência de que essa rede criminosa atuará já a partir do início dessa semana, disseminando mentiras para tentar reverter a desvantagem que o atual presidente da República tem”, disse o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) sobre a ação. Estavam presentes na reunião membros da coligação de Lula e advogados do grupo Prerrogativas.