Depois de ordenar uma operação contra 8 empresários que trocaram mensagens privadas, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, decidiu proibir uma campanha publicitária do governo federal sobre os 200 anos da Independência.
O slogan seria “o futuro escrito em verde e amarelo”. Na opinião de Moraes, há “viés político da campanha, conforme se extrai de vários trechos das peças publicitarias”
Na decisão o presidente do TSE havia destacado os seguintes trechos da propaganda:
“Brasil. A nação de um povo heroico.
“Somos, há 200 anos, brasileiros livres graças à coragem constante. Porque a mesma coragem de Dom Pedro existe ainda hoje em milhões de Pedros Brasil afora.
“A mesma bravura de Maria Quitéria existe em Marias empreendedoras por todo o País. Somos uma nação independente, que está escrevendo um futuro melhor. 200 anos de Independência do Brasil.
“O futuro escrito em verde e amarelo. #FuturoVerdeAmarelo”
Na decisão que foi cancelada e que proibia a campanha, Alexandre de Moraes dizia: “Trata-se de slogans e dizeres com plena alusão a pretendentes de determinados cargos públicos, com especial ênfase às cores que reconhecidamente trazem consigo símbolo de uma ideologia politica, o que é vedado pela Lei eleitoral, em evidente prestígio à paridade de armas”.
Durante entrevista ao programa Pânico da Jovem Pan no início da tarde desta 6ª feira (26.ago.2022), presidente Jair Bolsonaro (PL) foi informado ao vivo sobre a decisão preliminar, que proibia a campanha dos 200 anos e associava o verde e amarelo a algum viés político. Ele criticou o ministro e disse que “ordem absurda não se cumpre”.
“Ordem absurda não se cumpre, se for verdade isso daí, ordem absurda não se cumpre.” O presidente afirmou que entraria com recurso.