O dólar se valoriza globalmente, enquanto os contratos futuros das bolsas de Nova York registram queda na manhã desta segunda-feira. O movimento ocorre após o presidente dos EUA, Donald Trump, determinar a aplicação de tarifas de 25% sobre produtos do México e do Canadá e de 10% sobre mercadorias chinesas. As novas taxas entram em vigor amanhã e devem aumentar a volatilidade dos mercados financeiros, incluindo o brasileiro. Além disso, Trump reforçou que a imposição de tarifas contra a União Europeia deve ocorrer “muito em breve”.
Um índice do dólar subiu 1%, atingindo seu nível mais alto em mais de dois anos, após o anúncio do tarifaço de Trump ao Canadá, México e China. O dólar canadense caiu para seu nível mais fraco desde 2003. O euro despencou, aproximando-se da paridade com o dólar, depois que Trump afirmou que as tarifas sobre produtos europeus “serão tomadas em breve”.
Os países afetados já reagiram. O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, anunciou retaliação com tarifas de 25% sobre produtos americanos.
No México, a presidente Claudia Sheinbaum declarou que adotará tanto medidas tarifárias quanto não tarifárias, mas buscou um tom mais diplomático ao sugerir a criação de um grupo de trabalho conjunto com os EUA para discutir questões de saúde pública e segurança.
O Ministério do Comércio da China emitiu um comunicado prometendo “contramedidas correspondentes”, sem dar detalhes, e afirmou que entrará com uma queixa na Organização Mundial do Comércio.
Na Europa, as ações estão em queda, com a Bolsa de Londres caindo 1,27%, a Bolsa de Frankfurt com perda de 1,84% e a de Paris recuando 1,77%.
Além de buscar um “equilíbrio comercial”, Trump justifica as medidas como resposta ao que considera uma má gestão governamental em relação à política migratória e ao combate ao tráfico de drogas.
Você precisa fazer login para comentar.