A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) alcançou 61,2% do Produto Interno Bruto (PIB) em novembro de 2024, totalizando R$ 7,2 trilhões. Houve uma redução de 0,3 ponto percentual em comparação com outubro, informou o Banco Central nesta segunda-feira (30).
De acordo com o BC, essa leve diminuição foi influenciada pela desvalorização cambial de 4,8% no mês (redução de 0,6 p.p.), pela variação do PIB nominal (redução de 0,5 p.p.), pelos juros nominais apropriados (acréscimo de 0,8 p.p.) e pelo déficit primário (acréscimo de 0,1 p.p.).
No acumulado de 2024, a DLSP subiu 0,8 ponto percentual, refletindo principalmente os efeitos dos juros nominais (7,3 p.p.), do déficit primário (0,5 p.p.) e do reconhecimento de dívidas (0,2 p.p.). Por outro lado, a desvalorização cambial de 25% ao longo do ano (redução de 2,7 p.p.), o crescimento do PIB nominal (redução de 3,9 p.p.), ajustes na dívida externa líquida (redução de 0,4 p.p.) e receitas com privatizações (redução de 0,3 p.p.) ajudaram a conter a alta.
A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG), que inclui o Governo Federal, o INSS e as administrações estaduais e municipais, chegou a 77,7% do PIB em novembro, equivalente a R$ 9,1 trilhões, registrando uma redução de 0,1 ponto percentual em relação ao mês anterior.
Essa queda foi atribuída à variação do PIB nominal (redução de 0,6 p.p.), ao resgate líquido de dívida (redução de 0,3 p.p.), aos juros nominais apropriados (acréscimo de 0,7 p.p.) e ao impacto da desvalorização cambial (redução de 0,2 p.p.).
No acumulado do ano, a DBGG subiu 3,9 pontos percentuais do PIB, puxada pelos juros nominais (6,9 p.p.), pela emissão líquida de dívida (0,7 p.p.), pela desvalorização cambial acumulada (0,9 p.p.) e pelo reconhecimento de dívidas (0,2 p.p.). O efeito do crescimento do PIB nominal (redução de 4,7 p.p.) ajudou a mitigar esse aumento.
Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/divida-publica-atingiu-612-do-pib-em-novembro-diz-bc/