Direita vence eleições na França, Estratégias de Macrom deram errado

O partido de direita Reunião Nacional (RN), de Marine Le Pen, liderou o primeiro turno das eleições parlamentares francesas no domingo (30), o que aproximou o grupo a um posto inédito no poder.

Depois de uma participação excepcionalmente alta, o bloco RN obteve 33,15% dos votos, enquanto a coalizão de esquerda Nova Frente Popular (NFP) ficou em segundo lugar com 27,99% e a aliança do presidente Emmanuel Macron caiu para o terceiro lugar com 20,76%, de acordo com resultados finais publicados pelo Ministério do Interior nesta segunda-feira (1º).

O RN que esta no bom caminho para conquistar o maior número de assentos na Assembleia Nacional, pode ficar aquém dos 289 assentos necessários para uma maioria absoluta, sugerindo que a França pode estar a caminho de um parlamento suspenso e para mais incerteza política, segundo a imprensa

LE PEN COMEMORA VITÓRIA

Durante discurso, Marine Le Pen disse que o bloco de Macron está “praticamente eliminado”.

“Para iniciar esta alternância, para realizar as reformas que o país necessita, precisamos de maioria absoluta para que Jordan Bardella seja, em 8 dias, nomeado primeiro-ministro por Emmanuel Macron”, afirmou.

A deputada foi reeleita no 11º distrito eleitoral de Pas-de-Calais, no norte, com 58,04% dos votos. Derrotou Samira Laal (Nova Frente Popular, esquerda) e Dorian Lamy (Juntos), com 26,05% e 7,58% dos votos, respectivamente.

SEGUNDO TURNO

O 2º turno será realizado no próximo domingo (7.jul).

Para ser eleito no 1º turno, um candidato deve obter a maioria absoluta dos votos e mais de 25% do apoio dos eleitores inscritos.

Caso o pleito não tenha um vencedor em 1º turno, um 2º turno é realizado, sendo qualificados para participar todos os candidatos que conseguiram mais de 12,5% dos votos dos eleitores inscritos. Porém, caso 60% dos eleitores ou mais votem no 1º turno, o limiar para participar do 2º turno sobe para 21% dos votos.

ESTRATÉGIA ERRADA DE MACRON

A dissolução do Parlamento por Macron foi anunciada depois de o seu partido, o Renascimento, ter sido derrotado pelo partido de Le Pen nas eleições para o Parlamento Europeu.

Segundo Macron, a medida era necessária para permitir à população francesa escolher seus governantes.

Os cidadãos franceses votam em seus representantes na Assembleia Nacional a partir de seus respectivos círculos eleitorais distribuídos pelo país. São 577 zonas, cada uma com 1 assento na Assembleia….

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