As eleições legislativas em Portugal, que ocorreram no domingo, dia 10 de março, revelaram um cenário acirrado no panorama político nacional. As duas principais forças políticas, a Aliança Democrática (AD), representante da direita, e o Partido Socialista, símbolo da esquerda portuguesa, competiram acirradamente pelos votos e pelas cadeiras na Assembleia da República.
A terceira maior votação da jornada foi a do partido de extrema direita Chega, que alcançou 18,06% dos votos e elegeu 48 parlamentares, além de manter a expectativa de chegar se aproximar dos 50 até o final da apuração. O partido obteve o melhor resultado eleitoral da sua história, reunindo mais de 1 milhão de votos.
Após 99% das urnas apuradas, a frente conservadora reuniu 29,49% dos votos. Com isso, já elegeu 79 deputados e projeta superar a marca dos 80 parlamentares eleitos para a próxima legislatura.
Com essa votação, o setor espera fazer com que o novo premiê seja Luís Montenegro, líder da AD e do Partido Social Democrata (PSD) – a frente também é composta pelo Centro Democrático Social (CDS) e pelo Partido Popular Monárquico (PPM).
O Partido Socialista (PS), desta vez liderado por Pedro Nuno Santos, obteve 28,7% dos votos até o momento, garantindo 75 cadeiras na Assembleia, também com uma previsão de se aproximar da marca de 80 vagas.
Ainda assim, o partido perde a hegemonia que manteve durante os oito anos de mandato de António Costa – interrompidos em novembro de 2023, quando este renunciou ao cargo em meio a denúncias de suposta corrupção em licitações, caso que ainda está sendo investigado.
Seja como for, a composição de governo a partir desse resultado vai requerer negociações entre os partidos representados no parlamento.
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