DEMOCRATAS paralisam governo dos EUA

O governo dos Estados Unidos entrou em paralisação nesta quarta-feira (1º) após os democratas apresentarem exigências consideradas exageradas, segundo a Casa Branca.

Confira abaixo:

“PARALISAÇÃO DOS DEMOCRATAS! Sua lista de desejos radicais de US$ 1,5 trilhão — assistência médica GRATUITA para imigrantes ilegais e total descaso com os americanos — freou o governo americano. Eles estão mantendo a nação REFÉM para apaziguar sua base de esquerda radical. Este é o DESASTRE DOS DEMOCRATAS.”

Como consequência, diversos serviços públicos serão suspensos nas próximas horas. Essa paralisação, conhecida como “shutdown”, é a 15ª desde 1981.

O principal ponto de conflito é a saúde. Os democratas condicionam a aprovação do orçamento à prorrogação de programas de assistência médica que estão prestes a expirar.Sem recursos para operar, milhares de funcionários públicos serão colocados em licença, enquanto aqueles em serviços essenciais podem ter seus salários atrasados.

Os republicanos, liderados por Donald Trump, defendem que questões de saúde e o financiamento federal sejam tratados de forma independente. Eles acusam os democratas de usarem o orçamento como instrumento de negociação para promover suas agendas antes das eleições legislativas de 2026, que definirão o controle do Congresso.Nas redes sociais, a Casa Branca confirmou a paralisação, chamando-a de “shutdown democrata”.

Na terça-feira, democratas e republicanos trocaram acusações sobre quem seria responsável pelo impasse.A crise se intensificou com declarações do presidente. Trump alertou que poderia tomar medidas drásticas, como demitir servidores e cancelar programas associados aos democratas, caso a paralisação ocorresse.“Vamos demitir muita gente. E eles serão democratas”, declarou Trump na terça-feira.

ENTENDA O QUE ACONTECEU

Na segunda-feira (29), líderes democratas e republicanos se reuniram com Trump na Casa Branca para tentar chegar a um acordo. As negociações não avançaram, e as partes começaram a se culpar pela paralisação do governo.

Na noite de terça-feira (30), senadores tentaram aprovar o orçamento, mas a proposta final obteve apenas 55 dos 60 votos necessários.Com a paralisação, apenas serviços essenciais, como segurança pública, patrulhamento de fronteiras e parte do controle aéreo, continuarão funcionando. Veja os impactos abaixo.

A última paralisação ocorreu entre 2018 e 2019, durante o primeiro mandato de Trump, quando ele exigiu recursos do Congresso para construir um muro na fronteira entre EUA e México. Após 35 dias, o presidente recuou. O custo estimado da crise foi de US$ 3 bilhões.

IMPACTO

Os salários de trabalhadores de serviços essenciais, suspensos durante o “shutdown”, serão pagos retroativamente assim que o orçamento for normalizado.O “shutdown” também pode impactar turistas. Companhias aéreas alertam que atrasos em voos são esperados nos próximos dias.A Administração Federal de Aviação (FAA) informou que 11 mil funcionários serão dispensados temporariamente.

Durante a paralisação, 13 mil controladores de tráfego aéreo continuarão trabalhando sem remuneração.

Atualmente, os EUA enfrentam uma carência de cerca de 3.800 controladores.

O shutdown de 2019 gerou filas maiores nos pontos de controle dos aeroportos, levando à redução do tráfego aéreo em Nova York.

No setor de turismo, parques nacionais, museus e zoológicos federais podem fechar ou suspender serviços internos. Locais como a Estátua da Liberdade, em Nova York, e o National Mall, em Washington, devem interromper as visitas.Para os cidadãos, alguns serviços seguirão funcionando, como o pagamento de aposentadorias, benefícios por invalidez e programas de saúde.O Serviço Postal continuará operando, pois não depende do orçamento do Congresso.

Programas de assistência alimentar podem prosseguir enquanto houver recursos disponíveis.

Tribunais federais e a Receita Federal podem operar de forma limitada caso a paralisação se estenda.

No âmbito da segurança, agentes do FBI, da Guarda Nacional e outras forças federais permanecerão ativos, assim como os serviços de patrulha de fronteiras e fiscalização de imigração.No Pentágono, mais da metade dos 742 mil funcionários civis será afastada.Visitas de chefes de Estado ou autoridades estrangeiras previstas durante o período devem ser canceladas.

Cerca de 2 milhões de militares americanos continuarão em seus postos.

Contratos firmados antes do início do shutdown permanecem válidos, e o Departamento de Defesa poderá requisitar suprimentos para garantir a segurança nacional.

A paralisação também pode atrasar a divulgação de dados econômicos cruciais, impactando políticas públicas e investidores, além de restringir empréstimos e serviços para pequenas empresas.