Rússia veta resolução condenando invasão da Ucrânia no Conselho de Segurança da ONU; Brasil vota a favor
A Rússia vetou a resolução do Conselho de Segurança da ONU que serviria para condenar a invasão da Ucrânia nesta sexta-feira (25). Foi o único país a votar contra, mas seu voto tem poder de veto.
A resolução recebeu o voto favorável de 11 dos 15 membros do Conselho, entre eles o Brasil, que ocupa um assento temporário no grupo. China, Emirados Árabes e Índia se abstiveram.
Embaixador do Brasil na ONU, Ronaldo Costa Filho, disse que o Conselho de Segurança deve agir urgentemente diante da agressão da Rússia.
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Embarcações atingidas têm bandeiras da Moldávia e do Panamá; na quinta-feira, um cargueiro turco também foi alvo de ataque
Putin convoca militares da Ucrânia a tomarem o poder
“Tomem o poder em suas mãos! Pelo visto, será mais fácil chegar a um acordo com vocês do que com essa quadrilha de viciados em drogas e neonazistas que se estabeleceu em Kiev e está mantendo todo o povo ucraniano como refém” disse Putin.
O presidente russo deu declarações durante uma reunião do Conselho de Segurança da Rússia sobre a ofensiva militar.
Rússia apresenta condições para negociar rendição da Ucrânia
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou que a Rússia pode enviar negociadores a Belarus para discutir uma rendição da Ucrânia. Peskov afirmou que o governo de Vladimir Putin (foto) exige a “neutralidade” do país vizinho e que ele permaneça fora da Otan.
Presidente Zelensky grava vídeo e diz que segue na Ucrânia
Em resposta a rumores na imprensa russa de que teria fugido do país, o presidente Volodymyr Zelensky gravou um vídeo e publicou em sua conta oficial no Instagram, nesta sexta-feira (25).
Na gravação, feita do lado de fora do prédio do governo, Zelensky diz que permanece em Kiev durante os ataques da Rússia. Acompanhado de membros da sua equipe de governo, o líder ucraniano reafirma que age em defesa do país.
Zelensky agradece aos membros do Conselho de Segurança da ONU que votaram a favor de resolução contra a Rússia – inclusive o Brasil
“Sou grato a todos os membros do Conselho de Segurança da ONU [cita todos, inclusive o Brasil] que votaram para parar o ataque traiçoeiro. O veto da Federação Russa é uma mancha de sangue em sua placa no Conselho de Segurança, no mapa da Europa e no mundo A coalizão antiguerra deve agir imediatamente! ” escreveu Zelensky.
Itamaraty diz que iniciou retirada de brasileiros da Ucrânia
O ministro das Relações Exteriores, Carlos França, informou nesta sexta-feira (25), que o Brasil iniciou a operação de retirada dos brasileiros que estão na Ucrânia. O chanceler afirmou, em conversa com a Comissão de Relações Exteriores da Câmara, que cerca de 70 brasileiros serão transportados ainda hoje de trem em direção à Romênia.
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Explosões são ouvidas em Kiev e nos arredores da capital ucraniana
Rússia critica sanções e diz que a reação de outros países é ‘histeria’
As sanções foram aplicadas pelo G7, o grupo das sete maiores economias do mundo, nessa quinta-feira (24). Entre as sanções, estão o limite à capacidade da Rússia de fazer negócios em dólares, libras, euros e ienes; o corte do maior banco da Rússia do sistema financeiro dos EUA; e o congelamento de ativos da Rússia nos EUA.
Ao comentar as medidas, Zakharova disse que a Rússia é vítima de “cancelamento” e afirmou que o país fará algo a respeito.
– Essa histeria contra a Rússia nos obriga dizer algo a respeito: somos vítima da cultura de cancelamento – apontou.
Ela disse ainda que as sanções trouxeram problemas à população russa, que não está envolvida no conflito.
Rússia apresenta condições para negociar rendição da Ucrânia
A desmilitarização seria uma condição para a Rússia aceitar qualquer acordo. Ou seja, o líder russo teria o foco na obtenção da garantia do status de neutralidade da nação ucraniana e na promessa da Ucrânia de não ter armas em seu território.
Polônia envia primeiro carregamento de ajuda militar à Ucrânia
A Polônia enviou um comboio com munição para a Ucrânia, de acordo com o ministro da Defesa do país, Mariusz Błaszczak, tornando-se o primeiro carregamento de ajuda militar publicamente reconhecido para a Ucrânia desde o início da invasão russa. Não foi não informado que tipo de munição que a Polônia enviou aos ucranianos nem a quantidade.
Trem com brasileiros parte de Kiev com destino a cidade ucraniana próxima da Romênia e da Moldávia
De acordo com comunicado da embaixada, o destino é a Chernivtsi, cidade no oeste do país, a 535 km da capital ucraniana, nas proximidades das fronteiras com a Romênia e a Moldávia.
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União Europeia congela bens de Vladimir Putin e ministro
A União Europeia concordou nesta sexta-feira (25) em congelar quaisquer bens europeus do presidente da Rússia, Vladimir Putin, e de seu ministro das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, enquanto o líder da Ucrânia pedia ações mais rápidas e contundentes para punir a invasão russa de seu país.
Ucrânia e Rússia discutem local e hora para negociações, diz porta-voz de Zelensky
O Kremlin disse anteriormente que se ofereceu para se reunir na capital bielorrussa, Minsk, depois que a Ucrânia expressou vontade de discutir a declaração de ser um país neutro, mas que a Ucrânia propôs Varsóvia como o local. Isso, segundo o porta-voz russo Dmitry Peskov, resultou em uma “pausa” nos contatos.
‘Ucrânia está pronta para negociar um cessar-fogo’, diz porta-voz de Zelensky
“A Ucrânia estava e continua pronta para falar sobre um cessar-fogo e paz”, disse Sergii Nykyforov, porta-voz do presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy. “Concordamos com a proposta do presidente da Federação Russa.”
Venezuela condena ‘sanções ilícitas e ataques’ contra a Rússia
O vice-presidente de Comunicação da Venezuela, Freddy Ñáñez, responsabilizou o Ocidente por “constantes provocações à Rússia.
ONU afirma que mais de 50 mil ucranianos deixaram o país desde o início da invasão russa
Declaração e Explicação de Voto do Representante Permanente do Brasil junto às Nações Unidas
Sr. presidente, O Brasil lamenta que o Conselho de Segurança não tenha sido capaz de reagir a uma violação da paz e da segurança internacionais que ainda está acontecendo neste momento.
Durante as negociações, o Brasil privilegiou um texto que pudesse manter espaço de diálogo entre todas as partes, ao mesmo tempo em que enviasse uma mensagem decisiva de respeito ao direito internacional e aos princípios básicos que, há mais de 75 anos, nos salvam de uma guerra de grandes proporções. Agradecemos aos proponentes por sua flexibilidade em vários aspectos do projeto durante as negociações.
Sr. presidente,
O enquadramento do uso da força contra a Ucrânia como um ato de agressão, precedente pouco utilizado neste Conselho, sinaliza ao mundo a gravidade da situação, mas também pode minimizar outros momentos em que a força foi usada contra a integridade territorial dos Estados-Membros sem reação equivalente do Conselho.
Na verdade, poderíamos ter chegado a um texto mais propício à reconciliação. O Brasil lutou por isso. No entanto, nas atuais circunstâncias, nem mesmo um texto diferente poderia ser suficiente para permitir que o Conselho cumpra sua responsabilidade de manter a paz e a segurança internacionais hoje.
Nenhum país, eleito ou não eleito, com ou sem poder de veto, deve poder usar a força contra a integridade territorial de outro estado sem reação do Conselho. A paralisia do Conselho, quando a paz mundial está em jogo, pode levar à sua irrelevância quando mais precisamos. É nossa responsabilidade coletiva não permitir que isso aconteça.
Obrigado
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