CPI: Senado defende ao STF quebra de sigilo de Bolsonaro e seu banimento das redes sociais

No sábado (30), o ministro do STF Alexandre de Moraes deu 48 horas para a CPI enviar informações sobre o tema.

Em resposta, o Senado Federal afirmou que as providências tomadas pela CPI estão dentro da legalidade, acrescentando que o presidente da República não está imune aos poderes de investigação do Poder Legislativo.

“Não há nenhuma palavra na Constituição da República que imuniza o chefe do Poder Executivo face aos poderes de investigação do Poder Legislativo”, afirmaram os advogados do Senado.

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“Diante da utilização sistemática das redes sociais do impetrado para infirmar os esforços de combate da pandemia de Covid-19, o que se insere no aspecto nuclear, tornou-se imperativo a transferência dos dados referidos na proposição. A abrangência temporal da transferência em tela coincide com o período de funcionamento da Comissão Parlamentar de Inquérito e se justifica porque têm estrita relação de pertinência com as investigações legislativas em questão”, defendem os técnicos do Senado.

Já a Advocacia-Geral da União defende que Bolsonaro não pode ser investigado por uma CPI.

“É importante destacar que o impetrante não participou da comissão sequer como testemunha. E nem poderia ser diferente, já que o Presidente da República não pode ser investigado no âmbito de CPIs ou de qualquer outra Comissão Parlamentar, seja a que título for”, diz a AGU.

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