No depoimento, ele relatou que a empresa White Martins, fornecedora de oxigênio hospitalar, teria avisado, no dia 7 de janeiro, que não conseguiria suprir a demanda do produto, que vinha aumentando a cada mês nos hospitais da capital amazonense.
E que, a partir daí, pediu apoio ao Ministério da Saúde para o transporte de oxigênio de outras regiões para o estado: Segundo o secretário, a falta de oxigênio foi resolvida em poucos dias.
Mas, Marcellus Campelo foi contestado pelo presidente da CPI, Omar Aziz, que é do PSD do Amazonas. A Comissão também apresentou vídeos, do final de janeiro, com depoimentos de parentes de internados em hospitais, reclamando a falta de oxigênio.
Os recursos para a saúde no estado também foram motivo de discordância entre os senadores. O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho, do MDB de Pernambuco, afirmou que nunca faltou dinheiro federal para a saúde no Amazonas, e que o repasse de recursos só cresceu a cada mês
Já o senador Otto Alencar, do PSD da Bahia, afirmou que os recursos federais representam uma parte pequena do total.
Marcellus Campello é um dos alvos da Operação Sangria, da Polícia Federal, que apura possível superfaturamento na compra de respiradores hospitalares na implantação de um hospital de campanha na capital amazonense.
Ele também é investigado por gastos irregulares em transporte de respiradores e por sobrepreço no serviço de limpeza hospitalar. Campello chegou a ser preso, mas logo foi liberado. A CPI aprovou a transferência do sigilo telefônico e telemático do ex-secretário.
Nesta quarta-feira, a CPI da Pandemia vai ouvir o ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, que perdeu o cargo por supostas irregularidades.
Na quinta-feira, está prevista a oitiva do auditor do TCU, Tribunal de Contas da União, Alexandre Marques. Ele é autor de um estudo, que questiona o número de mortes por coronavírus no país