Os franceses foram às urnas neste domingo, no primeiro turno das eleições presidenciais, em números mais baixos que em pleitos registrados nos últimos 20 anos.
De acordo com estimativa da Elabe Opinion, divulgada pela emissora TV BFM, a abstenção final do primeiro turno da eleição presidencial na França deve ser a maior desde 2002.
A sondagem aponta que chegará a 26,5% neste domingo (10). O percentual é maior do que no primeiro turno em 2017, quando atingiu 22,23%, e inferior a 2002, quando 28,40% não compareceram para votar.
Cerca de 48,7 milhões de franceses estão registrados para votar, apesar de a participação não ser obrigatória no país.
O atual presidente da França, Emmanuel Macron, vai enfrentar a opositora da direita Marine Le Pen no segundo turno das eleições presidenciais, conforme mostram projeções iniciais.
De acordo com a Reuters, quatro empresas de pesquisas apontam que Macron recebeu entre 27,6% e 29,7% dos votos, enquanto Le Pen teve de 23,5% a 24,7%.
O primeiro turno das eleições francesas era composto por 12 candidatos, sendo que Jean-Luc Mélenchon, candidato da extrema-esquerda, ficou em terceiro lugar, levando de 19,8% a 20,8% dos votos, conforme estimativas.
O atual líder francês viu sua grande vantagem nas pesquisas cair 11 pontos em março. Em meio a negociações em relação ao conflito entre Rússia e Ucrânia, Macron anunciou sua candidatura na véspera do prazo final, o que fez com que ele praticamente não fizesse uma campanha de reeleição. Além disso, algumas de suas propostas, como a de aumentar a idade mínima para aposentadoria de 62 para 65 anos, são consideradas impopulares.
Já Le Pen suavizou seu discurso mais radical, mas não abriu mão de pautas anti-imigração, por exemplo. Para vencer o pleito, ela apostou nas críticas ao aumento dos preços e na queda do poder aquisitivo da população francesa, além de criticar a proposta de Macron sobre a idade mínima para aposentadoria.
O segundo turno das eleições presidenciais na França ocorrem no dia 24 deste mês.