O comandante-geral da Polícia Militar da Bahia, Paulo Coutinho, classificou a operação que resultou na morte do soldado, Wesley Goés, de “necessaria”
Durante coletiva de imprensa na manhã de hoje, 29, o comandante rebateu as críticas recebidas por diversos políticos e setores de que a operação teria sido conduzida de forma “desproporcional” e afirmou que os policiais envolvidos só efetuaram os disparos quando tiveram suas vidas postas em risco pela ação do soldado Wesley.
“Enquanto os disparos não estavam oferecendo riscos para a tropa e para as pessoas que circulavam, protegemos a integridade do soldado. Sempre temos esse cuidado, temos expertise de atender ocorrência dessa natureza. Foram utilizadas outras alternativas porém ele estava com uma arma de grande poder de letalidade e em determinado momento todos os recursos de isolamento e proteção foram esgotados”, avaliou.
Segundo o comandante, um inquérito policial será instaurado nas próximas semanas para averiguar o desenrolar dos fatos durante a ação e os procedimentos adotados pela corporação na contenção do PM.
“Ocorrências críticas possuem muitas motivações e só podem ser esclarecidas após a abertura do processo investigativo. Mas ali foi um típico caso de um individuo que estava passando por um transtorno mental e estava desconectado da realidade. As imagens falam por si só”, disse.
Apesar da grande movimentação de entidades ligadas ao corpo policial, o comandante disse que não existe qualquer possibilidade de que a categoria se mobilize para uma paralisação geral.
“Temos que deixar bem claro que a PM é bem maior do que isso. Estamos com o alto comando da corporação em funcionamento para servir e proteger o cidadão. Qualquer manifestação de ordem política não cabe nesse momento”.