Durante entrevista ao Direto ao Ponto, nesta segunda, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a participação das Forças Armadas no processo de fiscalização e auditoria do processo eleitoral traz “credibilidade ao sistema”.
Bolsonaro voltou a falar que “o voto impresso seria ideal”, mas a PEC, de autoria da deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), não foi aprovada na Câmara dos Deputados.
Bolsonaro também disse temer que a esquerda volte ao poder, mas ressaltou: “Se voltar pelo voto, paciência. Mas um voto, realmente, transparente”.
“Nós não mudamos em nada. Queremos lisura, queremos a garantia de que, ao votar no João, seu voto vai para o João. Não conseguimos [implementar o] voto impresso, que, no meu entender, seria o ideal. Mas o ministro Barroso baixou uma portaria e convidou entidades a participarem do processo eleitoral. Uma dessas instituições são as nossas Forças Armadas. Nós estamos, via Braga Netto [ministro da Defesa], junto ao TSE. Obviamente, o sistema eletrônico, quando entra o fator humano, você fica preocupado. Nós entendemos que, em todos os momentos haverá participação dessas 10 entidades, mais as Forças Armadas. Devemos ter acesso da primeira à última fase. Se participarmos de todas as fases, dá para você ter credibilidade no sistema. Temos um efetivo grande nas Forças Armadas, umas 200 pessoas só no Exército, que tratam dessa parte de informática. Participando de todo o processo, dá para, no final, confiar. [Participar] Até lá dentro da sala secreta, onde se contam os votos”, disse.
A comissão foi criada pelo TSE no último dia 9. Para Bolsonaro, as manifestações de 7 de setembro influenciaram a decisão do ministro Luis Roberto Barroso, presidente da Corte.
“As Forças Armadas não estão tutelando ninguém. Nós temos o direito de participar. Abrir tudo lá, queremos ter a certeza. Muita gente teme a volta da esquerda, eu também temo. Se voltar pelo voto, paciência. Mas um voto, realmente, transparente. Alguns reclamam que não valeu de nada o 7 de setembro, mas provocou o ministro Barroso a tomar medidas. Ele sabe que não pode sozinho, junto com o TSE apenas, dizer que o sistema não é vulnerável”, afirmou.
Fonte: Jovem Pan