Os Chilenos elegeram para presidente do país o esquerdista Gabriel Boric.
No entanto o resultados do pleito não devem expressar a escolha popular, avalia o coordenador Geral do Grupo de Análise da Conjuntura Internacional (GACInt) da Universidade de São Paulo.
“A abstenção foi muito alta e o voto é facultativo. O eleitor indeciso pode ser um eleitor que decidiu não votar. Então o resultado da eleição não expressa a maioria da população chilena. É importante identificar o eleitorado neutro, que está fora do processo eleitoral. A gente pode ter um resultado da apatia mais do que da urna”, destacou
No primeiro turno, Gabriel Boric recebeu 25,82% dos votos, enquanto José Antonio Kast ficou em primeiro lugar, com 27,91%.
As abstenções representaram cerca de 47%, o que também demonstra uma queda ao atual governo.
“O fato da direita não ter conseguido mais de 30% do primeiro turno é reflexo de um certo desalento devido à pandemia e retração econômica. O atual governo não conseguiu avançar com reformas e uma agenda econômica que levasse o Chile a um processo de crescimento” que resultou um afastamento do processo eleitoral. O resultado vai representar uma minoria chilena”, concluiu.